Na semana passada, encerrou-se o mandato 2014/2017 da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis. O time que fez parte da diretoria teve a responsabilidade de dar um rumo melhor àquele que é considerado o ¿Maior Carnaval do Sul do País¿. Sob o comando do presidente Joel Costa Junior, muitas ações foram executadas, entre elas o sorteio da ordem dos desfiles, a retomada dos ensaios técnicos e na Praça XV, a gravação do CD oficial e a criação de três grupos com escolas da região.

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Não fosse o esforço da Liga e das escolas, o carnaval de 2017 não aconteceria. Mas ocorreu com muita superação e o espetáculo foi viabilizado com a captação de recursos do projeto da Lei Rouanet. Agora, meses depois da crise que atingiu o carnaval de Floripa e de outras cidades, vem à tona a ¿catástrofe financeira¿ na matriz do samba, o Rio de Janeiro. A prefeitura de lá pretende cortar verbas e investir no social.

A crise econômica do país é um fator de peso para o problema enfrentado pelos carnavais Brasil afora. Entretanto, a relação ¿verba pública e carnaval¿ está muito desgastada, o que nos permite repensar e remodelar o espetáculo. De que maneira? Entender a crise e propor carnavais mais criativos, recicláveis e com projetos muito mais econômicos.

Temos que compreender a queda de receita. Mas, sobretudo, pensar nos propósitos com vistas a um modelo administrativo sustentável. As escolas precisam implementar o conceito de ¿Gestão Empresarial¿, delegando a um profissional a incansável missão de fazer projetos e buscar recursos de origem privada.

Uma escola de samba é feita de pessoas. Gerir uma ¿massa¿ de 2 mil componentes é, acima de tudo, administrar egos e vaidades em prol do único objetivo: botar a agremiação na avenida.

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No ¿peito e na raça¿, por amor ou com cachês menores. Eis as soluções que poderão ser plausíveis daqui para frente. O carnaval não vai morrer, seja em Florianópolis ou no Rio de Janeiro. Mas será reduzido ainda mais. Portanto, saibamos compreender o momento difícil.