As universidades e os institutos federais têm importante papel na formação de pessoas e no desenvolvimento de pesquisas científicas. A base do financiamento público para pesquisas científicas está no CNPq e no Capes. Estas instituições incentivam pesquisas científicas em áreas estratégicas de interesse da sociedade. Todavia, os recursos públicos são muito limitados.
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É necessário desapegar da ideia de que o Estado trará soluções para todos os problemas. A iniciativa privada possui larga demanda por geração de tecnologia e disponibilidade econômica para financiar as pesquisas. As universidades e os institutos federais podem ter uma relação mais próxima com as empresas, atendendo às necessidades de desenvolvimento de tecnologia. Ainda há forte resistência por uma parte dos docentes e dos alunos a encararem este novo paradigma. Talvez mais por uma questão cultural ou ideológica. Não obstante, as parcerias com a iniciativa privada têm crescido e com bons resultados.
As universidades e os institutos devem ter a liberdade para escolher sobre o que pesquisar. Entretanto, é importante que suas pesquisas estejam aliadas com as necessidades da sociedade. Uma vez bem definidos os objetivos, a vigência e as contrapartidas entre instituição e empresa, as parcerias potencializam os laboratórios, elevam o número de alunos na iniciação científica, geram tecnologia, aumentam a competitividade das empresas e propiciam a criação de novos empregos. Por sua vez, as empresas devem enxergar nestas instituições um canal estratégico de acesso ao desenvolvimento científico. Não é simples para as empresas investirem e desenvolverem internamente tecnologia de ponta.
O futuro da ciência também está ligado à criação de startups. Florianópolis é consolidada como um lugar estratégico para o desenvolvimento de empresas de tecnologia. E estar alinhadas com empresas é um grande trampolim que as universidade e institutos propiciam aos alunos e futuros empresários. Há grande potencial para crescer. Basta querer e entender esta nova realidade.
*Rafael Nilson Rodrigues é professor e vive em Florianópolis
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