Nem o calor escaldante, nem as filas com mais de duas horas de espera causaram desânimo em quem foi conferir o Food Truck Experience, na tarde de sábado, 22, na Beira-mar Norte. No local, 21 restaurantes móveis ofereciam ao público comida gourmet, de qualidade, a preços acessíveis, que iam de R$ 4 a R$ 24, o que agradou a grande maioria.
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Famílias inteiras aproveitaram a deixa do tempo e do evento para se abrigarem embaixo das árvores, nos gramados – no melhor estilo piquenique-, que ficaram pequenos para tanta gente. Alguns foram preparados para chuva, conforme a previsão do tempo havia anunciado, mas acabaram usando mesmo os guarda-chuvas para escapar do sol, enquanto esperavam seus lanches.
Os amigos Carolina Diamantara e Wellyngton Amorim já estavam pela segunda vez na fila para comprar um picolé do Lá Palé. Eles ainda não haviam passado por nenhum outro truck.
– Já estamos aqui pela segunda vez. Estamos esperando o calor dar uma trégua pra poder pedir um lanche – explicou Wellyngton.
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Mas quem não estava disposto a esperar muito para comer pôde optar pelas barracas mais “alternativas”, que não ofereciam os maiores lanches, mas também serviam boa comida.
Nas barracas de bebidas, chope, cerveja, refrigerante e água eram vendidos aos litros.
Foi além das expectativas
Enquanto isso, do lado de dentro dos trucks, os chefs praticamente derretiam por conta do calor, mas estavam animados, já que a realidade tinha ido além de suas expectativas.
– Nós viemos preparados para vender 500 hambúrgueres durante todo o evento, em momentos específicos, não todos de uma vez – revelou o chef Fernando Giusti, do Ribs Food Truck, três horas após o início do evento. Eles estavam servindo hambúrgueres gourmet de costela defumada e fraldinha. E para evitar dor de cabeça, eram bem claros quando vinha mais um cliente pedindo o lanche: “entrega só pra daqui duas horas!”
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Quem também não esperou tamanha movimentação foi Juliana Silva, do Chez Jululi. Perto das 16h, ela precisou fechar seu trailer para contabilizar o que ainda tinha pra servir, descansar e se reorganizar para novamente atender o público.
O cachorro-quente servido pelos rapazes do Black Box já estava sendo aguardado antes mesmo que eles começassem os trabalhos. E durante toda a tarde uma fila que parecia não ter fim estava formada em frente à caixa preta. Eles não conseguiram parar nem pra explicar o motivo de tanto sucesso, já que na semana anterior haviam participado da feira gastronômica Chefs de Rua, na Pedra Branca, em Palhoça, quando o movimento foi semelhante.
Foto: Guto Kuerten
Foi preciso muito determinação
Contrariando a maioria, algumas pessoas saíram do local insatisfeitas, como foi o caso da jornalista Aline Bohrr, que afirmou não estar disposta a passar por aquele “programa de índio” só pra comer. E a auxiliar administrativa Jaqueline Motta – apesar de gostar da qualidade da comida e achar os preços bem acessíveis – revelou que não repetiria a experiência.
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– A novidade é bacana, mas o que causa desconforto, além do calor, é a falta de estrutura. Tem muita gente e ninguém encontra espaço pra comer direito – afirmou.
O que mais chamou a atenção durante todo Food Truck Experience foi a determinação das pessoas. Ninguém queria sair dali sem ao menos experimentar um dos pratos oferecidos. Se não dava pra comer na hora por causa do calor ou das filas, iam dando um jeitinho até o sol amenizar o calor e a espera diminuir.
O elogio à iniciativa foi praticamente unânime e a vontade da maioria é de que, sim, os food trucks fiquem e se tornem mais uma opção para os manezinhos e visitantes da Ilha da Magia.
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