Seja por decisões estratégicas, por tempo de mercado, baixa demanda, plataforma obsoleta ou motor que não atende mais à legislação, existem vários motivos para uma montadora tirar um carro de linha. Essa informação tem impacto para o consumidor? Certamente! Primeiramente porque um carro prestes a deixar o mercado pode ter estoques disponíveis e isso representar uma oportunidade de desconto.
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A porcentagem pode variar de acordo com o modelo, mas, em geral, considere uma margem entre 15% e 20% ou até mais, com cada caso sendo analisado individualmente. Existem, ainda, exceções: modelos icônicos que deixam de ser fabricados podem se tornar objetos de desejo, virando itens de coleção, o que inviabiliza a arrematação de preços.
Apresentamos sete modelos que estão com a produção encerrada (mas ainda podem ser encontrados como veículos zero-quilômetro) ou que têm data marcada para a aposentadoria.
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Renault Logan e Stepway
Com a chegada do Kardian, a Renault vai abandonar modelos que usavam plataformas da Dacia, marca romena do grupo voltada a mercados, digamos, menos exigentes. Um deles é o Logan, sedã mais vendido para frotistas e locadoras do que no varejo, o que não é muito rentável. Com design já cansado e concorrentes mais interessantes, não valeria a pena investir numa nova geração. O mesmo deve ocorrer com o hatch Stepway, da mesma plataforma, e com baixos volumes de venda. Ambos são equipados com motor 1.0 de 82 cv. O sedã parte de R$ 97.500 enquanto o hatch custa R$ 86.990. Se forem encontrados com descontos, podem ser considerados boas compras.
Chevrolet Equinox
Já com a morte anunciada, a nova geração do crossover importado do México deve ser lançada ainda este ano. Mudanças no visual dianteiro e traseiro, interior renovado e novos conteúdos devem servir de incentivo para melhorar suas vendas, neste concorrido mercado. O motor deve ser o mesmo 1.5 turbo de 175 cv e uma versão eletrificada pode virar opção em 2025. O atual vem ganhando sucessivos descontos, que chegaram a R$ 40 mil. Agora, um Equinox pode ser encontrado a R$ 228 mil, mas vale barganhar mais.
Chevrolet Camaro
Prestes a morrer de vez, o último muscle car V8 da Chevrolet ganhou até série de despedida, a Collection, mas tem unidades à venda por R$ 555 mil o cupê e R$ 595 mil o conversível. Com motor 6.2 de 461 cv, trata-se de um “esportivo raiz”, que vale mais como peça de coleção e dificilmente o interessado arrancará um desconto. É uma questão de tempo, já que a marca encerrou sua produção nos EUA.
Citroën C4 Cactus
Um dos carros mais injustiçados do mercado, o Citroën C4 sempre se destacou como um bom produto com design arrojado, bons conteúdos e motor 1.6 turbo de ótimo desempenho. Contudo, o crossover, lançado em 2018, herdou a má fama de outros modelos da marca que apresentaram problemas e, agora, ele perde espaço para modelos mais modernos Aircross e Basalt. Seu motor também chega ao fim de um ciclo. A versão de entrada parte de R$ 112 mil e sua desvalorização pode ser uma barreira no mercado de usados, mas, após dois anos, os preços tendem a se estabilizar.
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Toyota Yaris Hatch/ Yaris Sedan
Com a chegada do SUV compacto Yaris Cross na virada do ano, a dupla hatch e sedã deve deixar o mercado apesar das boas vendas. A Toyota já havia feito o mesmo com o compacto Etios. De acordo com fontes do mercado, a aposentadoria se deve à baixa rentabilidade que as versões de Yaris representam e também porque a fábrica já opera no limite e os modelos já defasados abririam espaço para um utilitário-esportivo menor que o Corolla Cross. Ambos são muito bem avaliados, e no mercado de usados o sedã tem ótimo apelo, então até pelo preço de tabela podem ser um bom negócio. As versões de entrada de hatch e sedã partem de R$ 101.490.
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