O que mais o Festival de Dança de Joinville poderia querer? Depois de anos em busca da perfeição, do reconhecimento do público e dos profissionais da dança e contando com a estrutura do Centreventos Cau Hansen, parecia que o evento não tinha mais para onde crescer.

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Mas a organização sabia que não podia deixar o festival se acomodar, por isso o ano de 1999 é definido pelo então presidente da Fundação Cultural, Edson Busch Machado, como “um período de transformações”.

– Nós tínhamos a consciência, mesmo antes do reconhecimento pelo “Guiness Book”, de que o Festival de Joinville era o maior do mundo. Por isso fizemos uma campanha para promover este título, valorizar o contexto do festival e de sua possível internacionalização – avalia Edson.

Foi nesta época que a organização percebeu que já não podia mais contar apenas com a ajuda do poder público e que era a hora da criação do Instituto Festival de Dança.

– As pessoas ficaram com medo, acharam que íriamos privatizar o Festival de Dança. Hoje sabemos como eram importantes fazer mudanças naquele momento – afirma Edson.

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O festival de 1999 foi marcado por críticas e debates sobre a descaracterização do Festival de Dança. Havia uma espécie de nostalgia pelos tempos de apresentações no Ginásio Ivan Rodrigues e de recepções mais calorosas, já que nesse período as finanças extras foram enxugadas: a verba que ia para jantares depois da noite de abertura, por exemplo, foi revertida para a produção.

Em contrapartida, foi em 1999 que foram firmadas alianças, a principal delas com a divulgação da vinda da Escola do Teatro Bolshoi para Joinville.

Você sabia?

Doze mil camisinhas foram distribuídas nesta edição do festival. As farmácias de Joinville colocavam preservativos em todos os pacotinhos dos compradores como brindes – alguns vinham até em envelopes com formato de crachá, com espaço para identifi cação.

Andrea Thomioka, a pupila de Toshie Kobayashi que por dois anos encantou o público joinvilense, trouxe um espetáculo diferente. Do balé clássico ela mudou para dança moderna e, de certa forma, chocou o público que esperava a princesinha das sapatilhas.

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