O balanço das contratações mostra que é possível colher resultados extremamente positivos mesmo em meio a um cenário difícil da economia nacional.

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A análise dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho indica que a indústria catarinense está fazendo a lição de casa, mesmo diante de um cenário de cautela exigido pela conjuntura nacional e internacional. Em números absolutos, conforme informa reportagem publicada na página 20 da edição de hoje, Santa Catarina foi o Estado brasileiro que mais abriu vagas de trabalho de janeiro a dezembro de 2013 no setor de transformação. Foram 20.129 postos de trabalho abertos no período, acima dos 15.177 gerados pelos industriais paranaenses e dos 14.369 registrados no Rio Grande do Sul. Em terceiro e quarto lugares do ranking aparecem São Paulo (13.738) e Minas Gerais (12.738).

Vários fatores podem explicar a alentadora performance do Estado nos indicadores que atestam a contratação de trabalhadores no mercado formal. A diversificação dos negócios, a mão de obra qualificada, a característica inovadora dos empreendedores e a regularização de empresas informais são aspectos importantes. Há ainda outras questões a serem consideradas – e ressaltadas pela própria Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) -, como o perfil de qualidade dos produtos feitos no Estado e a existência de grandes áreas de terras ainda disponíveis para parques fabris.

O balanço das contratações mostra que é possível colher resultados extremamente positivos mesmo em meio a um cenário difícil. É bom lembrar que a economia nacional está às voltas com a ameaça da inflação e com um Produto Interno Bruto (PIB) com índices de crescimento bem aquém do esperado – e que a aparente reação da economia norte-americana traz ainda maiores desafios às nações consideradas emergentes. Esses números precisam ser festejados, certamente. Mas muito mais do que isso, é fundamental que seja feito um diagnóstico preciso e racional sobre as razões da liderança nacional e que isso possa servir de parâmetro para outros setores da economia catarinense. Afinal de contas, o desempenho da nossa indústria virou um case nacional e pode render ainda frutos em todas as áreas.

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