José Klemann tem 64 anos, um livro lançado e o coração aberto às histórias cheias de beleza e emoção, escritas pela própria vida. Ele faz parte do grupo de pessoas que acreditam que a felicidade está tanto nos detalhes do dia a dia quanto na realização de um sonho. Ele é autor do livro “Transformando Relações em Bênçãos – Quatro Décadas Observando Relacionamentos”, que custa R$ 25 e se encontra nas livrarias joinvilenses.
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Descendente de alemães, José nasceu em Schroeder e suas primeiras palavras foram em alemão. Só aos quatro anos ele aprendeu a falar a língua de seu País e, aos 20, mudou-se para Joinville.
José percebeu cedo que a vida poderia ser surpreendente, mesmo aos olhos de uma criança. Ele tinha sete anos quando recebeu o desafio especial de declamar um poema de sete versos no dia 7 de setembro de 1953. E o nome deste poema era “Sou Brasileiro”.
– Como eu posso declamar este poema, se tenho forte sotaque alemão? – perguntava-se José, pequenino, entre lágrimas.
E foi uma jovem e bondosa professora que ensaiava cada pronúncia com o menino, que, aos poucos, se sentia mais seguro.
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– Nesse dia, aprendi o poder do incentivo e do reconhecimento. Aquela professora não me deixou sozinho naquela situação. E declamar aquele poema foi uma vitória. Até hoje sou muito agradecido a essa professora – conta José.
Para José, essa foi apenas a primeira lição do que a liderança bondosa é capaz. Mais do que um aprendizado sobre os louros que a conduta humilde e inteligente é capaz de colher, essa situação foi uma revelação do quão rico é o comportamento humano e todas as variáveis que ocorrem a partir de cada piscar de olhos, de cada gesto, seja ele bondoso ou inseguro. Então, José apaixonou-se pelo ser humano.
A bagagem cultural de José não parou mais de crescer depois daquele 7 de Setembro. Trabalhou na agricultura, foi taxista, despachante, representante comercial, policial militar, vigilante, inspetor de empresas e até chefe de serviços de limpeza. E tudo isso sem perder o dom da simplicidade.
– Se queremos mudar o mundo, devemos começar pela gente. E devemos contar com Deus também, pois ele sempre coloca as pessoas-chave na nossa vida – acredita José, que hoje trabalha na Whirlpool e sente-se grato pela possibilidade de transmitir sábias lições a quem está ao seu redor.
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