Os automóveis que embalaram os sonhos de gerações no cinema, na televisão e nas publicações estão cada vez mais próximos dos brasileiros. Ainda chamam a atenção nas ruas, nos estacionamentos e nas estradas, como os Aston Martin, Bentley, Ferrari, Jaguar, Lamborghini ou Maserati. Aos poucos, seguirão os Audi, BMW, Mercedes-Benz, Porsche e Land Rover, entre outros, que já estão incorporados à paisagem urbana. As inaugurações da concessionária Rolls-Royce, em São Paulo, e da Ferrari Store, no Rio, reforçam a presença das grifes de luxo no país. A Ferrari Store terá filiais nas principais capitais, provavelmente incluindo Porto Alegre. Oferece acessórios, roupas, artigos esportivos, bolsas, relógios e miniaturas dos carros da marca.

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O diretor de relações internacionais da Rolls-Royce Motor Cars São Paulo, Jaroslav Sussland, destaca que a britânica vê o mercado brasileiro de altíssimo luxo com otimismo para 2013. Pretende vender no próximo ano 12 unidades do Ghost e do Phantom.

O presidente da Audi Brasil, Leandro Radomili, considera promissor esse segmento devido ao crescimento demográfico das classes A e B, bem como o aumento do número de pessoas com alto poder aquisitivo. A tributação do IPI desacelerou a procura, mas a Audi venderá 5,5 mil carros neste ano, alta de 2% sobre 2011.

Os fabricantes de carros premium buscam mercados para crescer e manter um equilíbrio nas vendas, como nos emergentes Brasil, Índia, Rússia e China, diz Nicole Pozza, mestre executiva em gerenciamento de marcas e produtos de luxo. Destaca que o sucesso da Audi no Brasil, as chegadas da Lexus, da Chrysler no Grupo Fiat e uma aposta promissora da Alfa Romeo são indícios de que o mercado brasileiro, embora emergente, tem potencial para o luxo e para os modelos premium.

Para Nicole, apesar de os automóveis não serem ainda os produtos sofisticados mais consumidos no Brasil e na China, por exemplo, o resultado do investimento de grandes marcas funciona como prova de que o segmento automotivo premium pode dar certo. Isso é comprovado pelas instalações de novas montadoras nos dois países. Pondera que, embora o IPI e outras taxas comprometam o preço final para o consumidor, as projeções alcançam uma escala vantajosa e agrada aos fabricantes, com boas oportunidades no país nos próximos anos.

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Com a entrada do novo regime automotivo brasileiro, além da BMW, que anunciou a construção de fábrica em Santa Catarina, a Audi, a Mercedes-Benz e a Land Rover avaliam a possibilidade de voltar a produzir no país.