O quinto dia de competição do Aberto da Austrália foi marcado pela vitória de número 300 de Roger Federer em Grand Slams, garantindo a presença do suíço nas oitavas de final, junto com Novak Djokovic, Serena Williams e Maria Sharapova.

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MARCA HISTÓRICA

Federer tornou-se aos 34 anos o primeiro tenista da história ao alcançar 300 vitórias em Grand Slams. Há muito tempo recordista masculino nesse quesito, o suíço precisa vencer apenas mais seis vezes nos quatro principais torneios do planeta para superar Martina Navratilova (306), o que deve ser apenas questão de tempo. Se conquistar o pentacampeonato em Melbourne, por exemplo, somará mais quatro vitórias, e poderá igualar o recorde absoluto na segunda rodada de Roland Garros.

A vitória desta sexta-feira foi histórica, mas não foi nada fácil. O búlgaro Grigor Dimitrov, chamado de ‘Baby Federer’ por ter um estilo parecido, incomodou o mestre, que deixou escapar seu primeiro set no torneio, e precisou se empenhar para vencer por 3-6, 6-1, 6-4. “Foi um pouco complicado”, reconheceu o recordista de títulos em Grand Slams, que cometeu 55 erros não forçados, mas pelo menos deixou para trás a desilusão do ano passado. Em 2015, Federer foi eliminado na mesma altura da competição (3ª rodada) pelo italiano Andreas Seppi, que perdeu para Djokovic nesta sexta-feira.

FORA DA FESTA

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Na noite de quinta-feira, Bernard Tomic derrotou o italiano Simone Bolelli por 6-4, 6-2, 6-7 (5/7), 7-5, mas a partida terminou tão tarde que o australiano acabou perdendo a festa de aniversário do pai. “É meia noite e quinze, já acabou”, lamentou o tenista de 23 anos. “Não consegui acreditar. Quando terminou, pensei que eram tipo nove da noite, mas já era meia noite”, completou.

COM CHUVA, SEM PROBLEMAS

Choveu praticamente no dia inteiro em Melbourne, mas isso não atrapalhou em nada a programação das partidas. As três quadras principais têm tetos retráteis, algo único entre Grand Slams. Wimbledon tem apenas um, enquanto Roland Garros e US Open ainda não conta com este recurso.

OS NÚMEROS

600. Vitórias de Maria Sharapova no circuito WTA, depois do triunfo sobre Lauren Davis, uma americana trinta centímetros mais baixa do que ela (1,87 m contra 1,57 m).

44. Minutos passados em quadra por Serena Williams para massacrar a russa Daria Kasatkina por 6-1, 6-1, na partida mais curta desde o início do torneio.

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AS FRASES

“A dor está voltando um pouco, mas deve dar tudo certo na próxima fase”, explicou o japonês Kei Nishikori, que arrasta há meses uma lesão no punho que o obrigou a ser atendido em quadra durante sua vitória sobre o espanhol Guillermo Garcia-Lopez. Nas oitavas, Nishikori terá um duelo complicado com o francês Jo-Wilfried Tsonga.

“Normalmente, levo mais tempo que isso”, reconheceu o francês Gilles Simon, que passou apenas 1h42 em quadra para despachar argentino Federico Delbonis.

“Dor é meu segundo nome”, lamentou a polonesa Agnieszka Radwanska, que eliminou a portorriquenha Monica Puig apesar das lesões no pé e na panturrilha.

“Acho que é o chocolate”, brincou a jovem suíça Belinda Bencic, de apenas 18 anos, ao ser perguntada como a Suíça consegue ser um celeiro de talentos do tênis.

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