O desafio de se reinventar na pandemia

Mais de 5 milhões de empresas no Brasil tiveram que mudar processos por conta da crise do novo coronavírus, de acordo com um estudo realizado pelo Sebrae. Segundo o relatório, apesar da crise, muitos pequenos empreendedores estão evoluindo neste momento, seja na forma de trabalhar, seja na dinâmica adotada para promoção de vendas.

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De acordo com o professor Fabrício Attanásio, Head de Inovação e Desenvolvimento da Unisul, as transformações e desafios gerados pela pandemia da Covid-19 ficarão marcados na história, principalmente pelo impacto sistêmico e significativo na vida das pessoas e organizações de todos os setores, sem distinção de classes sociais e econômicas.

— Se por um lado as medidas de prevenção nos distanciam fisicamente, por outro, provocam uma verdadeira transformação digital, obrigando a sociedade como um todo a se reinventar, se adaptando rapidamente aos novos tempos — comenta Fabrício.

O impacto da pandemia na educação

No âmbito da educação, a pandemia impactou diretamente os processos de aprendizagem e ensino em todo país, provocando mudanças significativas, principalmente no que diz respeito à educação no ambiente virtual. O que acompanhamos ao longo do último ano foram inúmeras transformações estruturais, dentro e fora de sala de aula, de centros acadêmicos de todo o Brasil, que superaram os desafios e fortaleceram a cultura da inovação com a criação de ambientes online.

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Para Rodrigo da Silva Alves, Pró-reitor Acadêmico da Unisul, sempre houve um incentivo por parte da Universidade do Sul de Santa Catarina para os alunos olharem as crises como oportunidades escondidas e, com a pandemia da Covid-19, os acadêmicos puderam colocar em prática o que era discutido em sala de aula.

— Nesse momento, os alunos foram estimulados a criar junto com seus professores e colegas projetos que até então estavam distantes, inalcançáveis. Além disso, permitimos que nossos estudantes trocassem experiências com outras unidades espalhadas pelo Brasil, propiciando o compartilhamento cultural e ampliando assim o repertório dos nossos alunos. Um verdadeiro intercâmbio virtual — relata Rodrigo.

Em áreas como a da educação, é de conhecimento geral que o novo coronavírus acelerou a transformação digital, justamente porque o setor precisou ser criativo para enfrentar as adversidades, segundo o professor Rafael Ávila, diretor de Inovação e Tendências em Educação da Ânima. Para ele, a criatividade é algo inerente a todo ser humano, mas só é aprimorada se for praticada.

— Quanto mais ideias tivermos, mais surgirá uma boa. Quanto mais praticarmos, mais diminuiremos a chance do erro. Não há inovação sem experimentação. E, sobretudo, não há inovação sem vontade de estar sempre aprendendo. Eduque-se sempre e a inovação encontrará terreno fértil para nascer — afirma Rafael.

Inovação para superar os desafios

Em 2020, a inovação e a gestão foram essenciais para a sobrevivência de muitos negócios no país. Muito disso se deu pela forma como as empresas que inovaram passaram a enxergar as dificuldades, encontrando na flexibilidade um caminho para se manterem.

— A inovação é uma disrupção com o status quo e em determinada etapa, a pessoa precisará de ajuda para avançar ao próximo nível. Neste estágio existem muitas alternativas, como buscar um curso de qualificação focado em suas necessidades, mentores com experiência no estágio que você está tentando passar, programas de incubação, aceleração ou laboratórios de inovação de Universidades. Todo esforço valerá a pena — destaca Pâmela, da Incubadora Crie e ILAB da Unisul.

Neste momento, conhecer e buscar desenvolver uma mente aberta para novos conhecimentos e experiências é muito importante para favorecer a criação de soluções inovadoras em tempos de crises como esse que estamos vivenciando.

Para ler sobre como a educação pode transformar o mundo, acesse o canal Educação Transforma.​

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