O conceito de justiça

“ A ideia original de justiça retrocede a épocas remotas, quando se pregava fazer o que era entendido como certo, idôneo e moral, pautado no senso comum existente. Assim, executar tarefas que trouxessem relativo bem-estar e segurança à comunidade, de tal maneira que fossem bem elaboradas e que não trouxessem prejuízos a outra pessoa, bastava para se aceitar como verdadeiramente justo.

Passados séculos, é possível afirmar que a justiça não se dá apenas com tais postulados, mas sim com outros elementos que estão enraizados no cotidiano das novas sociedades. Estes grupos sociais mudaram muito de lá para cá e a forma de ver o mundo também. A verdadeira ação de fazer justiça está mais pautada na boa vontade e na determinação do que em qualquer outra coisa, o que evidencia pleno desprezo aos atos os quais tentam ser justificados no famoso “é preciso se adaptar ao sistema, pois sempre foi assim e não dá para mudar”.

Mas, afinal, o que é justiça? E como ela pode vir a ser sentida e gozada por todos os partícipes da sociedade, independente das orientações mais diversas possíveis? A ideologia que paira sobre esse vocábulo está em questões mais subjetivas do que objetivas, isto é, ter consigo um mínimo de regramento sobre a existência de pessoas vivendo em espaços comuns e que carecem de utilizar direitos e obedecer deveres a todo tempo. O que presume a necessidade, inclusive, de aceitar o fato de que esse mesmo espaço, com tanta gente diferente, precisa ser o ideal para assegurar resultados de qualidade e bem-estar coletivo. A ética e a moral orbitam a justiça desde sempre e são indissociáveis, razão pela qual devem ser observadas constantemente.

Buscar o bem maior não é algo que deve expressar dificuldade em se alcançar. Pelo contrário, ainda que para cada ser humano a ideia de justiça seja diversa, a proteção ao postulado precisa ocorrer em qualquer hipótese, sob pena de causar uma desorganização do sistema do bem-estar e da retidão aos valores adquiridos desde a infância. “