Eles têm história. Jacaré fez gol em final e levantou a taça do Catarinense defendendo o Avaí, mas não fez só isso. Ele teve a autorização, em um clássico, de usar a camisa 10 que era ostentada por Adílson Heleno, outra lenda azurra. Já no lado do Figueirense, Agnaldo Liz surgiu para o futebol no Alvinegro e aprontou uma junto com o então técnico Sérgio Lopes, algo que nos dias de hoje, com internet e celulares registrando tudo, seria impensável.
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Juntamos os dois, cada um contando uma história sobre os times que vão se enfrentar neste domingo, às 17h, na Ressacada, no clássico pela quarta rodada do Campeonato Catarinense 2018.
Tudo do clássico entre Avaí e Figueirense no minuto a minuto do DC. Fique ligado!
Agnaldo Liz, ex-volante do Figueirense
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“O clássico que eu mais lembro foi em 1990. Esse jogo foi importante para decidir a minha vida no futebol, pois contribuiu bastante na minha trajetória. Eu estava sem contrato com o Figueirense, mas na época tinha uma cláusula que permitia um atleta jogar por mais 30 dias no período da negociação com base em seguro. A direção não queria que eu jogasse contra o Avaí, mas o Sérgio Lopes, treinador, me bancou. E foi além. Eu fui orientado a cair durante um treinamento e simular uma lesão. Fiz isso. Sai na maca, tive a perna imobilizada e fui para minha casa usando muletas. Tudo para a imprensa noticiar que eu estava fora do jogo e confundir o Avaí. Deu certo. Os que não sabiam da simulação pensavam que eu não atuaria. O clássico era na Ressacada. Cheguei minutos antes do restante do time, entrei pela porta dos fundos e me aqueci longe dos meus companheiros, escondido na parte de trás do vestiário. Criou-se uma situação de que eu estava lá no estádio, mas fora do jogo. Apenas alguns jogadores do Figueirense sabiam o que iria acontecer, pois não podia vazar a informação de maneira alguma. Os 11 titulares entraram no gramado pelo túnel e atrás, na arquibancada, estava a torcida do Figueirense. E eu entrei em seguida, sozinho, para surpresa geral. Foi uma festa imensa. Fui ovacionado. O Gilmar Serafim iria jogar no meu lugar, mas ficou no banco. Eu estava em ótima fase e entrei como titular. Vencemos por 1 a 0, com gol de Edson Borges. Não joguei nada (risos), mas o fato de eu estar em campo fortaleceu a equipe. E isso não sai da minha memória”.
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