Depois dos problemas de abastecimento de água e energia e de trânsito da última temporada, que prejudicaram a imagem do Estado, há compreensível expectativa sobre o verão. Às vésperas de mais uma temporada de verão, há uma compreensível expectativa sobre a preparação de órgãos públicos e privados para garantir um período de férias com o menor transtorno possível a turistas e moradores.
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Depois dos problemas ocorridos no final de 2013 e no início deste ano, com desabastecimento de água, interrupções de fornecimento de energia e tráfego saturado em diversas regiões, espera- se que as devidas providências preventivas tenham sido tomadas para acompanhar o aumento significativo da demanda. Afinal, é inadmissível que um dos principais destinos turísticos do país, justificadamente exaltado pelas belezas naturais e pela diversidade geográfica e cultural – características aliás enaltecidas pelas campanhas institucionais oficiais -, tenha a imagem mais uma vez desgastada pela falta de infraestrutura.
Linha de ônibus para turistas que chegam do aeroporto, vigilância ostensiva em terra e no mar e ambulantes regularizados foram algumas das medidas anunciadas ontem durante o detalhamento da Operação Presença-Verão 2015 para Florianópolis, que reuniu representantes da prefeitura e de órgãos do governo do Estado. São iniciativas pertinentes e que contribuem para um ambiente mais hospitaleiro e com mais conforto e segurança a todos.
Mas a principal preocupação das autoridades deve ser a adoção de um plano a longo prazo que efetivamente evite a repetição do colapso dos serviços de água e luz e que acabe com as intermináveis filas nas rodovias. Embora o discurso oficial seja de que o investimento realizado até agora assegura eficiência nesses setores, as experiências dos últimos anos na Grande Florianópolis, no Litoral Norte e no Vale do Itajaí revelaram falta de planejamento e de integração entre prefeituras e governos estadual e federal.
Além da necessária integração entre os diversos organismos oficiais na implantação de programas consistentes e de agilidade para ações emergenciais, o que não tem sido praxe, é fundamental que o assunto seja tratado com absoluta transparência, sem o habitual empurra-empurra entre autoridades e a falta de respeito com a população. Para continuar a ser um destino turístico de excelência, o Estado precisa encarar com seriedade todos os gargalos que são potencializados nas férias de verão. Se os planos continuarem imediatistas e paliativos, nada vai mudar.
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