Em um dos pontos mais conhecidos de Laguna, município do Sul de Santa Catarina, há um “cemitério” de botos pescadores. O espaço foi criado por moradores locais, por meio do Movimento Boto Vivo, como forma de protesto e não há, de fato, animais enterrados ali.

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De acordo com Mateus Guimarães, morador de Laguna, as mortes de botos tem como principais causas as redes de emalhe para pescar corvina e bagre, além da própria poluição da lagoa. Por conta da indignação, surgiu a ideia, em 2021, de criar um memorial em forma de cemitério.

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— Todos os anos nossos botos morrem por intervenção humana. Cansadas disso, essas pessoas fizeram o cemitério ao lado do ponto mais conhecido da interação da pesca com os botos, os Molhes da Barra — conta o morador.

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Além do memorial, o grupo criou um site onde é possível saber mais sobre a espécie e realizar denúncias.

Pesca cooperativa

Os botos pescadores têm esse nome por conta do seu comportamento peculiar na região. Em busca de alimento, esses animais costumam circular próximo de cardumes de peixes e, assim, sinalizam onde os pescadores artesanais podem jogar suas tarrafas. Dessa forma, a pesca cooperativa beneficia ambos, boto e pescador.

Segundo a Prefeitura de Laguna, aproximadamente 50 animais da espécie vivem na região. Por conta desse fenômeno, a cidade detém o título de Capital Nacional dos Botos Pescadores, por meio da Lei 13.818/2016.

Além disso, todos os anos, comemora-se o Dia Estadual da Preservação do Boto Pescador em 25 de maio com o objetivo de conscientizar sobre a importância da espécie para a cultura e economia da região.

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Veja imagens do “cemitério dos botos”

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