A Seleção Brasileira volta a campo hoje e num palco que não lhe traz boas recordações. Cariocas e paulistas sempre se odiaram no futebol. São Paulo nunca perdoou a Seleção por algumas razões, entre elas, o fato da CBD, e depois CBF, estarem localizadas no Rio de Janeiro. A maioria dos técnicos que passaram pela Seleção trabalhou no Rio de Janeiro, ou era carioca. As convocações sempre foram patrulhadas pelos paulistas, que não admitiam mais jogadores do Rio do que de São Paulo. Uma bobagem sem tamanho, mas que sempre existiu. Hoje, a Seleção está de volta a São Paulo, preparada para as tradicionais vaias. A vaia do Maracanã A respeito da rivalidade, lembro de dois jogos inesquecíveis da Seleção. No Maracanã, certa vez, foram 150 mil torcedores ver Garrincha contra a Inglaterra. Vicente Feola escalou Julinho, da Portuguesa e Palmeiras, e ouviu-se a maior vaia da história daquele estádio. Resultado: Julinho foi o melhor em campo e o Brasil venceu por 2 a 0, com dois gols dele. O show do galo Nos preparativos para a Copa de 1978, na Argentina, o Brasil enfrentou a Holanda, no Morumbi. Esta o colunista não podia faltar, era a estréia de Zenon na Seleção. Outra vaia, a maior da história do Morumbi, quando o alto-falante anunciou a escalação de Zico. Resultado, o Galinho foi o melhor em campo. Resultado: 5 a 0 para o Brasil e Zico fez quatro, com os paulistas tendo que aplaudir de pé, meio constrangidos, é claro. E hoje? O técnico agora é paulista… Situação difícil O técnico Mazinho, do Lages, foi demitido. Com ele foram dispensados dois atletas. Ao final da tarde, ninguém sabia se o Lages continuaria disputando a Seletiva. É o que dá arrumar um time de aluguel, sem nenhum compromisso com a cidade. A visita O técnico Abel Ribeiro, que esteve domingo na Ressacada assistindo ao amistoso Avaí 0 x 2 Atlético-PR, tinha outro objetivo além do jogo. Foi ver de perto a possibilidade de uma conversa com Fábio Amaral, que ainda não acertou com o Avaí. Abel tem muito interesse no atleta. Mais um? O interesse do Avaí por ele é antigo. Agora, o Figueirense também entra na lista dos pretendentes. Gil Baiano, que não decolou no Internacional, pode ser a solução para o meio-campo do Figueirense. Aquele jogador de criação, que faltou este ano. A propósito, a dupla está trabalhando em silêncio. Bomba? Pode até não dar certo, mas os bastidores estão agitados com o interesse do Figueirense no goleiro César Silva , ex-Avaí. Uma corrente dentro do clube entende que é o homem pra sacudir o time. A diretoria alvinegra pode até negar, porém tem intermediário na parada. E não é só. O meio-campo Alberto, que atuou no Avaí este ano, também está na mira do Estreito. As tratativas estão sendo mantidas em absoluto sigilo.
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