Em um comunicado no Facebook, o presidente do Blumenau Esporte Clube, Eduardo Corsini, informou aos torcedores a renúncia ao cargo. No texto, ele informa que domingo, no jogo contra o Hercílio Luz às 16h, será seu último compromisso como comandante da diretoria e já na segunda-feira, às 20h, deve ocorrer a eleição que escolherá o novo presidente. A decisão foi anunciada aos diretores na noite de quinta-feira.
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Corsini diz que sai com “a consciência tranquila que dei minha contribuição para resgate do clube”. Em conversa com a reportagem do Santa, por telefone, Corsini garante que não houve pressão para a saída dele e que nada tem a ver com os acontecimentos do meio da semana.
Ele afirma que continuará ajudando o clube no que for preciso, principalmente fornecendo, no restaurante dele, a alimentação para os jogadores. Confira os principais trechos da conversa.
O que fez o senhor tomar essa decisão?
Eduardo Corsini – Querer o melhor para o clube. Reitero que, ao contrário do que andam dizendo, não teve pressão para eu sair. Até pediram para que eu ficasse até o fim do mandato, que vai até dezembro, mas acho que o momento é agora. O que pude contribuir com o clube já o fiz. Tirei ele das cinzas, ajudei ele a se reerguer. Agora o Blumenau precisa de um presidente de verdade.
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O que o senhor quer dizer com isso?
Corsini – Hoje o que eu menos faço é ser presidente. Dia de jogo tem que ajudar a colocar placa, ir atrás de uniforme, de coisas que não cabem para o presidente. Não tenho tempo de ir conversar com empresários para buscar apoio para o clube e é isso que o Blumenau precisa agora.
Qual o sentimento neste momento? O senhor acha que cumpriu sua função ou poderia ter feito mais?
Corsini – Saio com a certeza de que cumpri meu papel. Vou continuar ajudando o clube no que for preciso, fornecendo a alimentação dos jogadores no meu restaurante. Não saio brigado com ninguém e quero fazer o possível para ajudar o novo presidente, apresentá-lo na Federação Catarinense (de futebol), mostrar os caminhos. Continuo como sócio do clube e não vou sair tão cedo.
No comunicado no Facebook, o senhor diz que duas pessoas têm interesse em assumir a função. Quem são e qual a ligação delas com o clube?
Corsini – Na verdade três pessoas demonstraram interesse, o que me deixa muito feliz. Um é o diretor financeiro do clube, o Emerson, o outro é o atual vice-presidente, o Beto Moraes, além do Wanderlei Laureth, diretor de eventos. Fico feliz porque isso mostra que minha saída do clube está longe de representar o fechamento dele. Acho até que agora as chances de fechar são menores do que se eu permanecesse na presidência.
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O que o torcedor pode esperar do clube aqui para frente?
Corsini – Eu quero aproveitar para convocar o torcedor para ir até o Sesi no domingo no jogo contra o Hercílio Luz (válido pela abertura do returno da Série B do Campeonato Catarinense). O time vem num bom momento e acho que o torcedor precisa estar ainda mais junto para mudarmos este momento negro. Mais do que nunca, precisamos ver a arquibancada cheia. A promoção de entrada grátis para mulheres e crianças está mantida e já acertamos todos os detalhes extracampo para que o torcedor possa acompanhar o jogo com segurança. E eu espero me despedir do clube vendo uma festa bonita da torcida.