Não foi através do trabalho e nem em um grande ato de bravura. Ou melhor, bastaram pequenos gestos heroicos para Jeferson Zapelini salvar a vida de 244 pessoas. Como? Ele é doador de sangue. Com mais de 60 doações em 20 anos, o homem se tornou um dos moradores de Blumenau com o maior número de idas ao Hemosc da cidade, revelou a unidade.
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— Nunca fui recusado por conta da saúde, nunca passei mal e tento manter a regularidade nas doações — conta o servidor estadual.
Aos 41 anos, Jeferson nem lembra o que o levou à primeira doação, há 20 anos. Porém, guarda com carinho a carteirinha de doador que ganhou naquele dia. Nesta quarta-feira (14), Dia Mundial do Doador de Sangue, o funcionário público tem motivos de sobra para se orgulhar: considerando que uma bolsa de sangue é capaz de salvar até quatro pessoas, como informa o governo federal, ele pode ter ajudado, até o momento, exatos 244 pacientes.
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Ao longo das últimas décadas, fez do Hemosc uma parada obrigatória ao menos três vezes ao ano. Na unidade de Blumenau, município onde vive com a família há quase 15 anos, virou um rosto conhecido entre os trabalhadores. Já viu o próprio nome exposto no local em uma ação de homenagem aos doadores mais frequentes e perdeu as contas de quantos brindes ganhou em datas de conscientização sobre o tema.
Como doar sangue?
Um ato de amor
Sem medo de agulhas, em cinco minutos Jeferson enche a bolsa de 500 ml de sangue e contribui com o estoque do Estado, que tem uma taxa de 9,56 doadores a cada 1 mil habitantes, conforme dados do Ministério da Saúde de 2022. O percentual está um pouco acima da média do Brasil (9,4). Em 20 anos, ele doou cerca de 30 litros de sangue.
Além de ajudar Santa Catarina, o servidor já teve a oportunidade de participar de uma batalha bem pessoal. Em 2013, quando o pai lutava contra um câncer e precisava de transfusão, Jeferson fez a doação ao familiar. O episódio, claro, segue entre as lembranças mais especiais que coleciona nessas duas décadas como doador.
Questionado sobre o porquê de levar tão a sério o compromisso e raramente falhar nas idas ao Hemosc, Jeferson não sabe explicar o motivo. Diz que tornou-se um hábito, algo natural. “Sempre alguém precisa”, resume. Para esse pensamento, no entanto, há um nome: generosidade. É mais do que doar um pouco de sangue. É disponibilizar o tempo e a própria saúde para o próximo.
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Se isso não é um ato heroico, o que mais seria?
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