9 de fevereiro de 2013:

A paisagem mais tranquila do mais bucólico cartão-postal hospeda camadas sobre camadas de civilizações e suas batalhas épicas. Da morte de uma estrela no céu ao trânsito frenético de formigas debaixo da terra. São infinitos palcos onde se desenrola em cada um deles, no fundo, a mesma história: o drama da vida. Nascimentos, vidas e mortes reúnem-se em uma única voz, que parece a todo momento dizer “transformação”.

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Tudo muda o tempo todo. De fato, a natureza é inquieta. O artista não foge à regra do resto das coisas. Pelo contrário, a alma do artista é particularmente inquieta, talvez por sentir que o trabalho dele é dobrado: viver e ao mesmo tempo compreender o que está vivendo. Claro que questionar o mundo não é privilégio do artista. Se fosse assim, não teríamos a ciência, a medicina e uma infinidade de outras áreas. Mas a arte não é nenhuma dessas coisas, pois o seu campo de pesquisa e atuação é outro.

Seu campo é a alma. Cada animal caça e se defende como pode, alguns com unhas afiadas ou venenos, outros com o senso aguçado da escuta. Existem peixes de profundezas tão escuras que, para enxergar, desenvolveram uma membrana luminosa que se estende à frente de seus olhos, como uma lâmpada, iluminando o seu caminho.

O artista se parece muito com esse peixe, pois precisa extrair de si a luz para iluminar seu caminho nas profundezas de sua pesquisa interior. Essa luz tem um nome: chama-se curiosidade.

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Bilhete que meu filho, João Machado, colocou na porta de minha geladeira.

Av. Atlântica Chegando em casa, vejo minha faxineira “apagando” minha paisagem.

Meu Brasil Como tantos, é óbvio que sou um “vira-casaca”. Foi quando percebi que meu casaco era forrado com bordados em fios de ouro.

Festa no palácio da cidade Peço que me desculpem. Tenho que partir, já se faz tarde e meu chofer já chegou.

Boas maneiras É anti-higiênico falar ao celular nos restaurantes. Necessidades se faz nos toilettes.