“O aparelho é a segurança de quem não bebeu”, diz Raffael de Bona Dutra

Secretário de Segurança de Florianópolis, Raffael de Bona Dutra, atribui a falta de bafômetros ao processo burocrático para a compra. Ele garante que foi aberto pedido administrativo para a aquisição de seis equipamentos, mas ainda deve levar mais 30 dias até que o município esteja, de fato, aparelhado. Antes disso porém, segundo ele, começa a vigorar o projeto Balada Legal – um programa de fiscalização nas saídas de bares e casas noturnas.

Diário Catarinense – Há um mês, quando foi publicado um estudo que apontava a falta de bafômetros, o governo de Florianópolis garantiu que compraria os equipamentos. O que aconteceu?

Raffael de Bona Dutra – Nós tínhamos dois equipamentos que foram encaminhados para aferição no Inmetro e acabaram de chegar, então Florianópolis não está mais sem os bafômetros. Os outros seis que prometemos adquirir estão em processo de compra. Existe um processo legal que nós temos que cumprir, isso porque os equipamentos são caros – cerca de R$ 9 mil – e a compra exige licitação. Esse é o nosso maior entrave hoje. Mas já encaminhamos pedido para a secretaria de administração e essa aquisição deve se concretizar em 30 dias.

DC – Esse foi o motivo de em um mês inteiro apenas uma blitz de Lei Seca ter sido realizada pela Guarda Municipal?

Dutra – É importante frisar que, com a nova lei, não é mais necessário o uso do bafômetro para constatar a embriaguez. Hoje existem outros instrumentos que também podem ser usados. Mas nós não queríamos começar sem os bafômetros porque acreditamos que seja um equipamento de defesa para o motorista. O aparelho é a segurança de quem não bebeu, porque quem bebeu geralmente se nega a fazer o teste.

DC – O que muda com a aquisição dos equipamentos?

Dutra – Com a chegada dos dois equipamentos que estavam no Inmetro, as blitze de Lei Seca vão se intensificar. Tivemos uma reunião para legalizar um projeto chamado Balada Legal, que daremos início em 15 dias. Vamos fiscalizar as principais vias de saídas de baladas, que são os pontos mais críticos. Na Lagoa da Conceição, por exemplo, onde há uma concentração de bares, serão montadas barreiras nas vias de entrada e saída. A tolerância é zero, não vamos tolerar consumo de álcool no volante.