É voz corrente que este pode ser o ano da tão almejada redenção do futebol catarinense. Nunca tivemos tanta chance de subir para a elite nacional. É cedo para qualquer avaliação? Pode ser. Mas, a equivalência técnica que mostra a Série B nos permite pensar que este pode ser o ano da consagração com o retorno à Série A. Precisamos acreditar nesta possibilidade. Temos quatro chances entre 14 na primeira fase da competição. Hoje, Santa Catarina está entre os sete primeiros da tabela com três entre os quatro que estariam classificados se a primeira fase da competição. Falta muito ainda. Porém, o futebol que Santa Catarina está jogando tende a crescer a cada rodada e isso nos remete a acreditar que este poderá ser o ano da graça. A diferença Alguns segmentos esportivos precisam estar unidos para que o objetivo final de Santa Catarina seja alcançado. Um deles é a torcida, que pode fazer a diferença em Florianópolis, Joinville ou Criciúma. Por enquanto, tudo bem. Mas há indícios de campanhas orquestradas que podem estar partindo da própria torcida, com apoio de alguns setores da imprensa. É o caso do Figueirense, onde a rejeição ao técnico Gilmar da Costa é flagrante e não se sabe por quê; e do Criciúma, onde Gonzaga Milioli continua vencendo e sofrendo com a torcida. Pulso firme A propósito, vale registrar o trabalho de Moacir Fernandes à frente do Criciúma. Foi ele quem recuperou a credibilidade do futebol na cidade. Tem carisma, foi campeão da Copa do Brasil, é experiente e, sobretudo, não se deixa levar pelos comentários da imprensa e nem se impressiona com os apupos da torcida. Não fosse assim, Gonzaga Milioli já teria deixado o Criciúma há muito tempo. O projeto O presidente do Figueirense tem dito que há um projeto em andamento no seu clube e não será uma ou duas derrotas que provocarão alteração no trabalho. Não sei até quando ele suportará, já que o alvinegro, por ser um time de massa, necessita estar permanentemente vencendo. O jogo de hoje em Piracicaba é decisivo para acalmar a galera ou complicar de vez. O campeonato A FCF tem uma proposta para realizar o Estadual do ano que vem de 17 de fevereiro, após o Carnaval, até julho. Com isso, praticamente confirma a ausência da televisão no campeonato. O assunto ainda não está definido oficialmente, mas, se houver TV, será somente nos jogos finais. A reunião Em Florianópolis, o encontro da Associação de Clubes de Futebol de SC para discutir a situação nacional e projetar o Catarinense de 2002. Como novidade da reunião da Associação, a presença de Flávio Félix, o que significa dizer que o Avaí está retornando à entidade, de onde estava licenciado. A presença do Avaí foi considerada como o ponto positivo da reunião. Copa Brasil O campeonato terá dois grupos, A e B. Do Grupo A participam os cinco clubes que não entraram no quadrangular final e mais o campeão da Segundona. Deste grupo, mais os quatro da Sul-Minas, sairá o representante catarinense na Copa Brasil, ou seja, o campeão. O outro grupo terá clubes da Segundona, mais a Chapecoense. Figueirense, Joinville, Criciúma e Tubarão só entram no Estadual na segunda fase. Preocupação Os clubes de médio porte revelam uma certa preocupação com a ausência da TV. Se não houver um patrocinador forte do campeonato, o que a Associação está tentando, alguns não terão condições de participar da competição. Nos bastidores, alguns dirigentes revelaram que este ano a presença da maioria dos clubes deveu-se ao incentivo financeiro da televisão. Não fosse isso, teriam ficado fora.
Continua depois da publicidade