Mal inicia junho, até mesmo antes dele, e o comércio, a programação dos filmes na televisão, as promoções nos restaurantes e tantos outros apelos de marketing não nos deixam imunes quanto ao clima de romance. Não tem como passar despercebido que o Dia dos Namorados foi comemorado neste mês – sexta-feira, no caso.

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Pois bem, muitos ambientes de trabalho propiciam o encontro de sua “cara metade” e muitos outros casais resolvem compartilhar o mesmo ambiente de trabalho. Quando isso acontece, o que fazer? Quais as regras das empresas e como orientar todos os envolvidos?

Os tempos mudaram

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Não faz muito tempo, os gestores de RH orientavam que os problemas pessoais deveriam ser deixados na porta do trabalho. Atualmente, sabe-se que isso é impossível. Não tem como uma pessoa se desligar, como um autômato, quando assume suas funções na empresa. Os gestores precisam conhecer sobre inteligência emocional – ter autoconhecimento e saber como se comportar em diferentes ambientes e em

diferentes grupos.

Essas variáveis de comportamento também acontecem no quesito relacionamento amoroso. As pessoas não têm o comando de seus sentimentos e muitas vezes, justamente por se conviver por muitas horas com a mesma pessoa, acabam se envolvendo amorosamente com um colega do trabalho. Neste caso, as empresas têm que estabelecer as regras já no momento da integração, na ocasião em que o funcionário ingressa na organização.

Regras de convívio

Precisamos considerar duas situações: quando o relacionamento já existe e quando ele surge na empresa. No caso de o relacionamento já existir, que os envolvidos no relacionamento não trabalhem na mesma área. Que seus conhecimentos se complementem, mas, se possível, que não sejam subordinados um do outro.

Caso seja uma pequena empresa, que não tenha muitas alternativas, meu conselho é que consigam agir com maturidade e saibam que mesmo estando brigados em casa, na empresa é preciso manter o foco no trabalho. Na realidade, qualquer relacionamento em linha direta, seja de um casal ou de um familiar, acaba comprometendo o resultado, pois nem sempre se consegue separar sentimentos na hora de cobrar metas.

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Caso o relacionamento amoroso aconteça depois de um tempo de convívio no ambiente de trabalho, o direcionamento deve ser o mesmo. Caso trabalhem juntos, é preciso maturidade e reconhecimento do quanto se interfere no dia a dia de trabalho.

Quando a situação não é positiva

Em alguns casos, a falta de limite e a rotina voltada somente para o trabalho podem ser prejudiciais para o casal que resolve trabalhar junto. Outro fator é quando o casal é genioso. Pode ficar difícil um ceder quando há discordância e isso afeta as decisões da empresa. Nesses casos, o excesso de convivência deve ser muito bem administrado para que não ocorra um desgaste na relação.

Procurar interesses individuais, cursos, academia, passeio com os amigos, enfim, procurar algum espaço que seja somente seu ou do parceiro pode ajudar na relação. Conviver em harmonia, tanto no trabalho quanto em casa, requer sensibilidade, maturidade e cuidado com o outro.

Para conviver em um ambiente de trabalho com a pessoa que temos afeto, além desses itens citados, é preciso ter a habilidade de passar do papel de casal para o de colega de trabalho ou de sócio.

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