Larissa Aguiar é brasileira, de Campina Grande, na Paraíba, e se mudou recentemente para Oklahoma, nos Estados Unidos. Ela estuda Engenharia na universidade da cidade pelo programa Ciências sem Fronteiras, do Governo Federal, e estava em sala de aula quando o tornado atingiu a população nesta segunda-feira. Em entrevista ao Diário Catarinense, contou como foi que as coisas aconteceram.

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Diário Catarinense: O que você fazia quando o tornado começou?

Larissa Aguiar: Estava assistindo aula.

DC: Como você e seus colegas reagiram?

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Larissa: Aqui tem um monitoramento, né, o National Wheather Centre. Quando tem risco climático, como ocorreu, soa um alarme no campus e todos ouvem. A professora calmamente disse quando o alarme soou que teríamos que descer e permanecer no corredor com calma. Aí arrumamos material, saímos sem pânico porque o aviso é exatamente pra ir pra um local seguro. Descemos pro andar de baixo e ficamos no corredor.

DC: Ficaram lá durante todo o tempo do tornado?

Larissa: Não necessariamente. Ficamos até alguém dos prédios saber exatamente o que estava havendo, onde estava o tornado, pra onde estava indo. Porque depois de um tempo ele se distancia, e somos liberados.

DC: E quando saíram, qual era a cena?

Larissa: Céu cinzento. O maior estrago foi a 20 km daqui.

DC: Você chegou a visitar o local?

Larissa: As pessoas agora estão se alojando aqui. Vi na TV, depoimentos, campos destruídos, casas destruídas, ficamos sem net e TV por um tempo. Uma menina que estuda comigo, que mora lá em Moore, a cidade que foi atingida, disse que também ficou sem água.

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DC: E agora, como estão os alojamentos em Oklahoma? As pessoas estão recebendo todo o suporte?

Larissa: Aqui na universidade temos muitos lugares para os estudantes viverem, como estamos no verão, que são as férias daqui, muita gente foi instalada nos dormitórios. Pelo que sei, são quartos para duas pessoas com um banheiro. Minha professora falou que 100 pessoas vieram pra cá, mas não lembro se 100 pessoas ou famílias.

DC: E qual é o sentimento geral da cidade?

Larissa: Compaixão. Muita gente ajudando, doando coisas e dinheiro também. Todo mundo ficou tocado né?