O Rio de Janeiro apresentou nesta quinta-feira à imprensa internacional, em Pequim, sua candidatura para organizar os Jogos Olímpicos de 2016, baseada em um projeto que garantirá um transporte rápido sem congestionar o tráfego da cidade.

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Originalidade, infra-estrutura, diversidade cultural e desenvolvimento social foram os principais pontos destacados pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, na apresentação realizada na Casa Brasil em Pequim.

Nuzman também manifestou o compromisso conjunto dos governos federal, estatal e municipal para a realização dos Jogos, e o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à candidatura da cidade, que tinha reiterado em sua visita a Pequim para a inauguração de Pequim 2008. Por sua parte, o secretário do COB, Carlos Roberto Osório, apresentou o complexo que abrigará a nova Vila Olímpica e os centros de imprensa e televisão, na Barra da Tijuca.

A Barra será “o coração dos Jogos de 2016”, caso o Rio derrote Madri, Chicago e Tóquio, e seja escolhido para sediar o evento, disseram os porta-vozes brasileiros. O projeto inclui as construções de dois novos estádios, que farão parte do legado olímpico deixado à cidade: o Centro de Treino Olímpico e o X-Park, para esportes radicais. Osório assinalou que os estádios reestruturados para o Pan-Americano de 2007, assim como os demais complexos esportivos existentes no Rio, já representam mais da metade da infra-estrutura necessária para os Jogos.

Perguntado sobre o problema do trânsito intenso, que poderia causar congestionamentos no deslocamento entre a Barra e os principais pontos turísticos da cidade, Nuzman respondeu que as mudanças para resolver este problema já estarão prontas e testadas durante a Copa do Mundo de 2014:

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– A cidade não terá que parar para abrigar os Jogos.

Já sobre o problema da criminalidade, o presidente do COB disse que as festas de Réveillon realizadas no Rio de Janeiro, assim como os desfiles de Carnaval e os Jogos Pan-Americanos de 2007, são provas de que a cidade atende às necessidades do Comitê Olímpico Internacional (COI) no quesito segurança.

Segundo Nuzman, os governos federal, estadual e municipal estão “num caminho crescente para tornar o Rio de Janeiro cada vez mais seguro”.

Osório, por sua vez, destacou que a candidatura da capital fluminense tem total apoio da América do Sul, segundo uma moção apresentada pela Organização Desportiva Sul-Americana.

– Essa candidatura não é do Rio nem do Brasil, é de todos os sul-americanos. Nós pudemos demonstrar, com as festas de final do ano, com dois milhões de pessoas nas ruas, de Carnaval com 3 milhões de pessoas durante uma semana, e com os Jogos Pan-Americanos, durante duas semanas, que não temos nenhuma questão, nenhum problema de criminalidade. O caminho que está sendo feito é um caminho crescente de poder tornar o Rio de Janeiro cada vez mais seguro – disse Nuzman.

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