Uma nuvem de gafanhotos com mais de 10 quilômetros de extensão causou estragos no Paraguai, passa pela Argentina e se aproxima da Fronteira com o Brasil, deixando em alerta as regiões Oeste de Santa Catarina e, principalmente, do Rio Grande do Sul.

Continua depois da publicidade

> Região Oeste de SC já enfrentou tornado neste mês; veja imagens

O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (Senasa), órgão do governo da Argentina, aumentou o nível de alerta de “ameaça” para “perigo” na província de Corrientes, que faz fronteira com o Rio Grande do Sul. Já em Misiones, situada a Oeste de Santa Catarina, está ainda em "precaução".

No mapa abaixo, as regiões em rosa são as de perigo:

Mapa de risco na Argentina para nuvem de gafanhotos
Área rosa está em “perigo”, e a amarela, na fronteira com SC, em “alerta” (Foto: Senasa, divulgação)

A Senasa alerta que, em um quilômetro quadrado, até 40 milhões de gafanhotos podem comer o que 2 mil vacas consomem em um dia. A nuvem de insetos entrou no país pelo Paraguai no fim de semana. Agora, a praga avança na parte do território argentino que faz fronteira com o Brasil e com o Uruguai.

Continua depois da publicidade

A trajetória da nuvem depende muito das condições do tempo na região. Há possibilidade de se deslocar mais para o Sul, e não para Leste, o que deixaria Santa Catarina fora da rota da ameaça.

> O frio já tem data para chegar em SC; confira a previsão

Segundo especialistas do governo argentino, os gafanhotos não causam danos diretos aos seres humanos. O risco é a destruição de plantações e pastagens. No Paraguai, lavouras de milho foram destruídas pelos insetos.