A nuvem de gafanhotos que está sobre a Argentina se movimentou para o Oeste, afastando-se da fronteira com o Brasil. A possibilidade de atingir Santa Catarina é considerada remota, mas o fenômeno segue sendo monitorado.
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Na quinta-feira (25), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decretou situação de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A preocupação das autoridades do setor agropecuário e de produtores rurais é o dano que os insetos possam causar às lavouras e pastagens, se houver infestação.
O Governo do Estado informa que a nuvem se encontra entre as cidades de Sauce e Esquina, na Província de Corrientes. De acordo com o grupo de trabalho formado por diversas agências, a previsão é que a nuvem continue se deslocando para Oeste em direção a Província de Santa Fé, também na Argentina.

No último sábado,27, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), da Argentina, realizou controle aéreo e anunciou que as estimativas apontam que 15% da nuvem de gafanhotos foi eliminada. Ela estava a cerca de 100 quilômetros do Brasil. No domingo foi realizado novo controle terrestre para o controle dos insetos, mas os resultados ainda não foram divulgados.
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O governo destaca que não existe até o momento a necessidade de ação preventiva pelos produtores rurais. O uso indiscriminado de agrotóxicos nesta fase é considerado desperdício de recursos e pode causar impactos negativos no meio ambiente, atingindo insetos polinizadores e prejudicando diversas culturas.
Caso ocorra alteração na situação, a Defesa Civil e a Secretaria da Agricultura emitirão alertas para os agricultores e profissionais da área. Mai informações estão disponíveis para os agricultores nos escritórios municipais da Cidasc ou Epagri.
A Senasa alerta que, em um quilômetro quadrado, até 40 milhões de gafanhotos podem comer o que 2 mil vacas consomem em um dia. A nuvem de insetos entrou na Argentina pelo Paraguai, onde causou estragos em lavouras.