“Nunca vi nada igual. Só em filme”, diz o delegado responsável pelo caso de Penha

Desde domingo, Luiz Carlos Flores, de 38 anos, está preso após ter sido decretada a prisão temporária de cinco dias para as investigações da morte dos pais, irmã e sobrinho, em Penha, no litoral Norte de SC. Ele confessou o crime e teria matado os quatro familiares com golpes de martelo e marreta. ?

– Nunca vi nada igual. Só em filme -, disse o delegado de Piçarras Rodolfo Farah sobre a cruel cena do crime da morte de quatro pessoas da mesma família. ?

Na próxima quinta-feira, o prazo expira e, se a Justiça não determinar a prisão preventiva, Farah terá que soltar o suspeito confesso. ?

O pedido de prisão preventiva foi enviado nesta segunda à tarde ao fórum. Enquanto não há uma decisão, o preso foi transferido para um local não divulgado.

– Temos que preservar a integridade dele e até a vida dos policiais -, destacou Farah. ?

Mesmo tendo a confirmação apenas no domingo, Farah admite que, desde sexta-feira, já suspeitava da autoria de Luiz Carlos, mas não tinha provas concretas. Para ter certeza, precisava de informações técnicas, que só serão fornecidas após a divulgação do laudo do Instituto Geral de Perícia, dentro de 15 ou 20 dias. A confissão ajudou a confirmar. ?

Ele não descarta a possibilidade de fazer a reconstituição do crime, mas apenas depois que conseguir a prisão preventiva. O tempo para terminar o inquérito é de 10 dias. Farah enviará até o fim de semana informações prévias ao judiciário e depois tentará um prazo maior, de 30 dias, para terminar. ?

Os próximos passos da investigação também serão conversar com familiares e com vizinhos, além de interrogar o suspeito pelo menos duas vezes. A ideia é exaurir todas as possibilidades, já que o interrogatório de domingo foi mais objetivo. ?

Apesar de algumas lacunas no depoimento, Farah não tem dúvida quanto a autoria do crime. Ainda no domingo, o suspeito teria dito que não estava arrependido pelo que aconteceu e que iria fugir. Disse ainda que está tranquilo quanto aos pais e o sobrinho, que acredita terem ido para o céu, aparentando ter raiva apenas da irmã.