Uma das companhias de dança mais prestigiadas do Brasil, o Grupo Corpo vem a Florianópolis na sexta-feira (4) e no sábado (5) para apresentações no Teatro Ademir Rosa. O grupo mineiro trará dois balés: O Corpo, com trilha de Arnaldo Antunes, e Benguelê, de João Bosco. Ambas as sessões estão com ingressos esgotados.

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As obras são conhecidas por suas estéticas e ambientações diferenciadas. Segundo o coreógrafo e diretor artístico, Rodrigo Pederneiras, as duas performances representam dois lados do Brasil.

— Eu gosto muito deste programa porque O Corpo é um trabalho muito urbano, com danças urbanas que eu fui buscar um pouco aqui, um pouco ali. Ele é um pouco mais árido. Já Benguelê vai mais em busca do interior, de festas do interior, de congada e tudo mais — explica, em entrevista exclusiva ao NSC Total.

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Trajetória de sucesso

A singularidade de cada montagem é um dos pilares do grupo, fundado em 1975 por Rodrigo e seu irmão, Paulo Pederneiras, em Belo Horizonte. A partir dos anos 1980, o Grupo Corpo passou a trabalhar frequentemente com trilhas especialmente compostas por artistas da MPB — o que se tornou uma marca registrada da companhia.

— Os compositores traziam uma contribuição fenomenal. Era um outro jeito de pensar, um outro jeito de ver — reflete Rodrigo.

Ao longo de quase 50 anos, o Grupo Corpo se destacou pelas parcerias com renomados artistas da MPB, como Caetano Veloso e Gilberto Gil. A música Maria, Maria, de Milton Nascimento e Fernando Brant, foi criada especialmente para a apresentação da companhia, em 1976, antes de entrar no álbum Clube da Esquina.

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— Mesmo fora do Brasil, as companhias não são tão longevas. Elas até continuam tendo nomes, mas não continuam produzindo. O Grupo Corpo, por outro lado, mantém seus empregos e continua produzindo muito — destaca Rodrigo.

Segundo o coreógrafo, o sucesso do grupo ocorreu de forma natural. Ele explica que a escolha dos espetáculos para as apresentações é guiada pela vontade interna dos criadores, sem a preocupação de atender expectativas externas.

— Nós nunca nos preocupamos muito em atender a expectativa de um público. Se você começa a pensar nisso, você não faz nada. Você tem que fazer o que vem lá de dentro, o que você tem vontade de fazer  — comenta.

A expectativa para o retorno a Florianópolis é alta, segundo Rodrigo:

— É uma cidade que a gente adora, tem um público que é super receptivo, além da cidade ser uma maravilhosa.

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