A quantidade de passageiros que usa ônibus intermunicipais em Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis se manteve estável na década, aponta estudo do Deter que analisou o intervalo de 2001 a 2011. No mesmo período, a quantidade de carros e motos nas ruas destas cidades cresceu 105,5%, chegando a 421.148 veículos.

Continua depois da publicidade

A opção pelos carros ou motos se explica porque nestas cidades o transporte coletivo nunca ganhou planejamento de longo prazo. Os ônibus não contam com corredores exclusivos e disputam espaço com veículos mais ágeis.

As desvantagens poderiam ser amenizadas se houvesse uma estratégia regional de transporte, mas os principais municípios jamais sentaram à mesa para debater o tema e encontrar saídas em conjunto.

O que já não é bom fica ainda pior entre janeiro e março. Estudos da Santur mostram cerca de 500 mil pessoas passam nesses meses pela região. Se as complicações com o verão são passageiros, os problemas gerados pela geografia da região não podem ser contornados.

Continua depois da publicidade

Todos os deslocamentos de entrada e saída de Florianópolis exigem travessia em uma das duas pontes que ligam a Ilha ao Continente.

As dificuldades só aumentam porque o crescimento populacional na região supera as médias nacional e estadual. Enquanto o país aumentou 12,3% sua população na última década, o número de moradores de Palhoça, por exemplo, subiu 34,94% e o de São José, 21,14%.

O crescimento econômico também influencia nos problemas de trânsito. As casas e prédios se concentraram em determinados locais e os comércios em outros. As pessoas saem dos mesmos lugares e têm os mesmos destinos.

Continua depois da publicidade