O número de pessoas que formam o público-alvo da campanha de imunização contra a gripe e ainda não tomou a vacina da influenza em Santa Catarina é preocupante, conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive). Às vésperas do fim da movimentação nacional pela vacinação, apenas 40,5% do grupo recebeu alguma dose de proteção contra a doença.
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Cerca de 1,7 milhão de pessoas, incluindo crianças, idosos, gestantes, trabalhadores da saúde, indígenas e outros grupos prioritários, ainda não receberam a imunização. É como se a população inteira das quatro maiores cidades do estado – Joinville, Florianópolis, Blumenau e São José – ainda precisasse ser vacinada.
Segundo o painel de vacinação do Ministério da Saúde, Santa Catarina aplicou 1,2 milhão de doses em uma população prioritária que soma mais de 2,9 milhões de pessoas. Os números colocam o Estado abaixo da metade da meta da campanha nacional. O objetivo em todo o país é que pelo menos 90% dos membros de cada público-alvo recebessem a vacina, mas nenhum grupo catarinense chegou ao percentual ideal.
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Para a Dive, os números preocupam bastante já que os grupos prioritários têm mais chance de desenvolver formas graves da gripe, o que pode levar à internação hospitalar e até a morte. Apesar da campanha nacional de imunização ter começado pelo público-alvo, agora todas as pessoas acima de seis meses de idade podem se vacinar.
Os idosos são os que mais se vacinaram em Santa Catarina, com 47,9% de cobertura vacinal entre o grupo. Na sequência estão os trabalhadores da área da saúde, com 47,3%.
Já as crianças e os professores são os públicos com os números mais baixos da campanha no Estado. O grupo dos pequenos alcançou apenas 28,8% de cobertura vacinal, enquanto os docentes registraram 23,7% de adesão à vacinação.
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Números já foram positivos
Em 2019 e 2020, a campanha de vacinação atingiu a meta de mais de 90% de adesão da população. Nos últimos anos, no entanto, o índice despencou, ficando até abaixo de 70% em 2022. No ano passado, a doença provocou mais de 1.600 mortes em todo o país.
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