Com 4,5 milhões de visitantes em 2013 – quase 300 mil a mais do que no ano anterior, conforme informações da Secretaria de Turismo – o grande movimento em Balneário Camboriú não afetou apenas a infraestrutura. Além dos apagões, da falta de água e do trânsito complicado, atividades ainda mais delicadas também foram atingidas. Impulsionado pelos dados de dezembro, que concentrou 303 ocorrências, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fechou 2013 com 2.637 atendimentos – 536 a mais do que em 2012. Diante desse aumento superior a 25% na demanda, uma terceira unidade móvel foi acionada pela Secretaria de Saúde e Saneamento de Balneário para reforço no trabalho junto à população.

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Os números são apenas da equipe municipal do Samu, já que o segundo veículo fixo da cidade tem gestão do governo do Estado e ainda não divulgou suas estatísticas.

– Houve esse acréscimo significativo nos casos pelo número de turistas. Atendemos muitos visitantes no começo da temporada, tanto que tivemos que ativar mais uma viatura – explica a coordenadora do Samu, Juliana Marion Delatorre.

A terceira ambulância foi emprestada pela central catarinense, em Florianópolis, e atuou apenas entre 20 de dezembro e 5 de janeiro com funcionários de Balneário. O Samu estuda usá-la novamente no Carnaval, conforme o que as projeções apontarem em relação ao fluxo turístico.

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Balanço

O balanço do Samu aponta um elevado índice de ocorrências com pessoas da faixa etária entre 21 e 30 anos, somando 511 casos. A maior parte são vítimas de acidentes de trânsito e em 90% deles há motociclistas envolvidos. Outro destaque do relatório é sobre o tipo de atendimento realizado. Casos clínicos, como hipertensão, diabetes, mal súbitos e paradas cardiorrespiratórias, representam 52% das situações.

– Isso se justifica porque o Samu, por ter agentes de saúde formando as equipes, consegue medicar no próprio local quando não há risco iminente de morte. E muitas vezes só orientar e deixar em casa já é suficiente. Os bombeiros não têm essa facilidade porque a origem deles não é nos serviços de saúde – comenta Juliana.