O mês da Black Friday chegou e com ele o estímulo à criação de páginas e aplicativos fraudulentos para captar dados bancários de consumidores na internet. Os sites e perfis das empresas estão sendo copiados e, com versão fiel ao original.

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Um levantamento da Axur, empresa de cibersegurança que atende comércio eletrônico e varejo, aponta para aumento de 80% de casos de phishing no terceiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores. Phishing é a prática de “pescar” o usuário de internet para que ele clique em um link falso.

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Perfis não verídicos nas redes sociais têm sido o principal meio de atuação de criminosos. Em aplicativos e sites, isso acontece em menor proporção, conforme informou a empresa. 

– Esqueça a velha ideia de checar a veracidade de uma página apenas tentando encontrar erros de português. Isso não existe mais. As páginas não têm mais erros, vêm com o cadeadinho de segurança e o ‘https’ [um indicativo de que a URL é segura] -, afirma Thiago Bordini, diretor na área de inteligência contra ameaça cibernética da Axur.

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O relatório da Axur mostra 3.020 páginas falsas com menção a marcas de e-commerce no último trimestre deste ano. Bancos e empresas do setor aparecem com 34,5% das incidências. Nesses casos, os perfis falsos anunciam limites altos de cartão de crédito e condições especiais de parcelamento. 

– O ataque costuma aumentar no fim do ano. A Black Friday é o Natal dos criminosos na internet -, diz Tiago Tavares, da organização Safernet.

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Segundo especialistas, é cada vez mais comum a compra por criminosos de domínios semelhantes ao de marcas originais – um exemplo seria “aamazon”, com dois ‘a’ – e de palavras-chave ligadas a produtos, para impulsionar as páginas no Google. As gangues também compram anúncios e conseguem, assim, promover seus links para que apareçam antes nos resultados de busca do Google. 

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