Nos primeiros seis meses deste ano, 923 empresas pediram recuperação judicial no país, 87,6% a mais do que o registrado no mesmo período em 2015, segundo o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. O resultado é o maior para o acumulado do semestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências, em 2005. De janeiro a junho de 2015, foram 492 ocorrências contra 414 em 2014.

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As micro e pequenas empresas lideraram os pedidos, e foram responsáveis por 535 requerimentos, seguidas pelas médias (246) e pelas grandes empresas (142).Na análise mensal, o Indicador verificou aumento de 60% de requerimentos de recuperação judicial em junho em relação a junho de 2015. (105 contra 168).

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recorde histórico revela a gravidade da atual crise econômica. ¿A combinação dos juros altos com a prolongada recessão impõe sérias dificuldades financeiras para as empresas, levando-as a se utilizarem do mecanismo da recuperação judicial como forma de se preservar da insolvência¿, diz a empresa em nota.

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Falências

No primeiro semestre foram realizados 869 pedidos de falência em todo o país, um aumento de 8,9% em relação aos 798 requerimentos efetuados no mesmo período em 2015. Na comparação com janeiro a junho de 2014, o número de pedidos de falência subiu 9,7%. Dos 869 requerimentos de falência efetuados no primeiro semestre de 2016, 451 foram de micro e pequenas empresas, 211 de médias e 207 de grandes.