O número de mortos nos dois terremotos que atingiram o norte da Itália na madrugada neste domingo aumentou para sete, de acordo com equipes da Proteção Civil. O sétimo corpo foi encontrado em meio aos destroços de uma casa, na cidade de Bolonha.
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O primeiro-ministro Mario Monti decidiu deixar a cúpula da Otan, em Chicago (EUA), para seguir de perto os trabalhos de resgate e auxílio às vítimas.
Cerca de três mil pessoas foram retiradas de suas casas na região da Emilia-Romana, onde dois fortes tremores foram registrados. O primeiro, de magnitude 5,9 graus na escala Richter, ocorreu pouco antes da 0h deste domingo, no horário de Brasília, e causou pelo menos seis mortes. O segundo, uma réplica violenta de 4,9 graus na escala Richter, ocorreu pouco mais de uma hora depois.
Pelo horário local, os abalos ocorreram de madrugada, entre as 4h e as 5h, sendo que também foram sentidos abalos menores de 3,3 e 2,9 graus na sequência do primeiro grande tremor. Segundo a Defesa Civil italiana, as evacuações ocorreram na região de Modena, onde 500 pessoas tiveram de abandonar as suas casas, na zona de Ferrara. As autoridades também tiveram de retirar 500 detidos da prisão de Ferrara.
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O segundo abalo de maior intensidade atingiu o centro de Sant?Agostino de Ferrara, causando o colapso de outra parte do edifício da câmara municipal, já bastante danificado pelos tremores de terra anteriores. Esse novo tremor ocorreu pouco depois da 1h deste domingo, pelo horário de Brasília.
O primeiro tremor mais forte feriu 50 pessoas e causou vários danos materiais, principalmente em edifícios históricos. Esse abalo teve epicentro a 36 quilômetros de Bolonha, capital da região de Emilia-Romana.
O Ministério da Cultura informou que “os danos ao patrimônio cultural são importantes”, principalmente em Ferrara. Nesta cidade, cujo centro histórico é considerado patrimônio mundial da humanidade, o terremoto atingiu um castelo construído em 1385, e uma praça.
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A Defesa Civil também constatou danos nas igrejas San Carlo e Santa Maria in Vado. Várias igrejas da região apresentam fissuras ou buracos nas fachadas. Em sua oração dominical, o papa Bento XVI transmitiu “pensamentos afetuosos” aos italianos, pedindo “misericórdia para os mortos e o alívio do sofrimento dos feridos”.