O número de mortos no bombardeio do exército dos Estados Unidos contra um hospital afegão da organização Médico Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no norte do Afeganistão, foi revisto e aumentou para 42, anunciou neste sábado a MSF, que continua a exigir uma investigação internacional.

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O ataque americano, realizado em 3 de outubro contra o hospital em meio a uma ofensiva do Talibã contra a cidade de Kunduz, provocou o fechamento do estabelecimento e uma avalanche de críticas do mundo inteiro.

Segundo a ONG, o hospital foi atacado durante mais de uma hora por um caça AC-130, um ataque mortal que queimou pacientes em seus leitos e decapitou e amputou outros.

“O balanço divulgado anteriormente pela MSF era de ao menos 30 mortos, mas a organização confirma que este número aumentou, passando a 42 mortos, após uma análise metódica dos registros, queixas das famílias, testemunhos de pacientes, funcionários e parentes”, anunciou a MSF em um comunicado.

“O balanço atualizado inclui 14 funcionários da MSF, bem como 24 pacientes e quatro acompanhantes”, informa a organização.

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Os Estados Unidos admitiram no final de novembro um “erro humano”, uma versão rejeitada pela MSF.

Na quarta-feira, a organização apresentou à Casa Branca uma petição assinada por “mais de 547.000 pessoas” para exigir uma investigação independente.

* AFP