Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil encontraram mais duas vítimas fatais dos desabamentos dos três prédios no Rio de Janeiro. O corpo da 16ª foi achado às 0h30min, enquanto o da 17ª, por volta das 2h30min deste sábado. As informações são do repórter Marcos Antônio de Jesus, da Rádio CBN-Rio.

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Os trabalhos prosseguem no centro do Rio de Janeiro debaixo de muita chuva, o que dificulta as buscas devido à lama que se forma. Conforme o coordenador da Defesa Civil, Sérgio Simões, as buscas estão concentradas em uma área que seria o subsolo do Edifício Liberdade (de 20 andares). No local, um dos últimos dois corpos foi encontrado.

A região recebeu uma carga de 10 lajes, onde há grande acúmulo de entulho. As equipes fazem uma procura minuciosa naquele ponto, pois a força da pressão da queda dos escombros deixou os cadáveres mutilados.

A Defesa Civil programou para as 9h deste sábado uma vistoria no prédio da Assembleia Legislativa do Estado, o qual fica localizado na esquina da Avenida Treze de Maio. Técnicos irão analisar possíveis danos na estrutura do edifício.

Falta de laudo

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Apontada como uma das possíveis causas do desabamento, a obra iniciada oito dias antes da tragédia no nono andar do Edifício Liberdade, pela empresa Tecnologia Organizacional (TO), não tinha laudo de um engenheiro.

Segundo explicou no início da noite de sexta-feira um dos sócios da empresa, Sergio Alves, o laudo teria sido solicitado pelo síndico, Paulo Renha, que recebeu da gerente Cristiane Azevedo cópia da planta da obra feita pela companhia no quarto pavimento do mesmo edifício.

Cristiane não é engenheira. Renha, então, teria dado a autorização para a obra, aguardando a apresentação do laudo pelo engenheiro Paulo Brasil que, devido à doença da mãe dele, não pôde atender ao pedido naquele momento. O laudo seria apresentado esta semana.

Sem sobreviventes

Na tarde de sexta-feira, o secretário estadual da Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros descartou a possibilidade de se encontrar sobreviventes entre os escombros.

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– Embora a cultura do Corpo de Bombeiros seja movida pela esperança, pela motivação, em razão do cenário que a gente está verificando e pelo tempo passado do acidente, eu preciso dizer que a gente não trabalha mais com a possibilidade de sobreviventes – disse Sérgio Simões.