O número de mortos após o rompimento de barragem da mineradora Vale na sexta-feira (25), em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte (MG), aumentou para 65, enquanto o de desaparecidos é de 279. O último balanço das buscas foi divulgado no início da noite desta segunda (28) pelas autoridades locais.

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O rompimento da barragem liberou 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região. A lama se estende por uma área de 3,6 quilômetros quadrados e por 10 quilômetros, de forma linear.

Dos 65 corpos encontrados, 31 já foram identificados, segundo a Polícia Civil de Minas. Até o momento foram resgatadas 192 pessoas pelos bombeiros. Há ainda 279 desaparecidos.

Nesta segunda, as forças de segurança que trabalham nas operações de busca se reuniram com a equipe israelense, que chegou na noite de domingo, para auxiliar no resgate, e com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Espera-se que os 136 militares agilizem o processo de retirada de vítimas somados aos 280 bombeiros. Entre os equipamentos trazidos de Israel estão sonares que podem detectar sinais de celular a até três metros de profundidade e distinguir a lama de outras substâncias, como corpos.

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No domingo, os bombeiros iniciaram a evacuação de comunidades de Brumadinho após a constatação de que uma segunda barragem da Vale apresentava risco iminente de rompimento. Um alarme de aviso sobre rompimento de barragem soou às 5h30. A possibilidade de um novo rompimento foi descartada depois.

A barragem 1, que se rompeu, é uma estrutura de porte médio para a contenção de rejeitos e estava desativada. Seu risco era avaliado como baixo, mas o dano potencial em caso de acidente era alto.