Anunciada pelo Planalto como uma das soluções contra o crime no Rio de Janeiro, a intervenção federal não melhorou a segurança pública. O número de mortes violentas cresceu e os indicadores de eficiência das forças policiais caíram no período, segundo o jornal O Globo, citando dados do Instituto de Segurança Pública do Estado (ISP). As Forças Armadas estão no Rio desde fevereiro deste ano, após decisão do presidente Michel Temer, aprovada pelo Congresso.

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Desde o início da intervenção, 32.312 homens das Forças Armadas participaram de 18 operações integradas com as polícias estaduais em favelas e em vias da Região Metropolitana. Entre março e maio de 2018, foram registrados 1.397 casos de homicídio, que é principal indicador da segurança pública. O número representa aumento de 2,79% em relação ao mesmo período do ano passado (1.359).

Nesses primeiros meses de intervenção, foram apreendidas 2.229 armas, o que representa queda de 4,9% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram retiradas das ruas 2.343 armas. Entre março e maio deste ano, foram recolhidos 82 fuzis, queda de 38,8%.

Crimes como roubos de cargas (16,1%) e roubos a pedestres (4,1%) tiveram recuo. Por outro lado, o número de mortes causadas por intervenção policial subiu 17,3%, comparando o período de março a maio de 2017 (300 casos) e o mesmo intervalo de 2018 (352 casos).

A intervenção militar no Rio de Janeiro está programada para ocorrer até o dia 31 de dezembro deste ano.

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