O número de mortos por gripe A chegou a 72 no Rio Grande do Sul. São 12 novas vítimas desde a última semana. O aumento está dentro do esperado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) e vai em acordo com o padrão das últimas semanas. Desde o início do ano, foram 384 casos confirmados. As informações são do último boletim epidemiológico.
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Dos 384 casos confirmados de influenza, 364 foram de H1N1, um de H3N2 e 19 de influenza A não subtipado. Em relação às notificações por síndrome respiratória aguda grave, cerca de 75% das pessoas fazem parte dos grupos de risco.
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Não houve nenhuma morte de gestante, indivíduo de população indígena ou puérpera. A maioria dos óbitos corresponde a adultos com mais de 60 anos e, uma parcela menor, a crianças com menos de cinco anos. Das vítimas de 2016, 8,3% aplicaram a vacina em 2015, algo esperado, visto que a eficácia do medicamento dura de seis meses a um ano.
– Já ultrapassamos o número de casos notificados em relação a 2012 e 2013. É o pior ano desde 2009, mas a diferença é de que em 2016 vacinamos a população e começamos antes a fazer a contagem – afirmou o secretarial estadual da Saúde, João Gabbardo.
A campanha de vacinação contra a gripe encerrou na semana passada com quase 90% de cobertura dos grupos de risco – 10% a mais do que a meta inicialmente estipulada. O único grupo que não atingiu os 80% de cobertura foi o de gestantes. Foram 3,2 milhões de vacinas aplicadas, quase um terço da população do Estado. As unidades básicas de saúde dos municípios que ainda tiverem doses vão continuar a aplicá-las na população nos próximos dias.
Aedes aegypti
Em 2016, as notificações e diagnósticos de dengue quase dobraram em relação a 2015. Em relação aos casos confirmados no Rio Grande do Sul, ao todo são 1.764 neste ano, contra 1.218 em 2015. São 208 municípios com a presença do Aedes aegypti, cerca de metade do Estado. Frederico Westphalen é a pior região, com 414 casos notificados.
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Em relação ao chikungunya, não houve mudança. São 21 casos confirmados, nenhum autóctone.
Cinco novos casos de zika foram notificados e três confirmados desde o último boletim. Até agora, são 40 casos – 14 deles autóctones (contraídos no próprio Estado). Uma das novas vítimas é uma gestante em Ijuí que contraiu o vírus, mas que está sob acompanhamento.
No Rio Grande do Sul, surgiram oito novas notificações de bebês com microcefalia desde a última semana, totalizando 83 registros desde o início do ano. São cinco casos confirmados em bebês desde o início do ano – o número permanece o mesmo desde o último boletim epidemiológico. No Brasil, são 7.623 casos.
Fazem parte dos grupos de risco prioritários para vacinação contra a gripe na rede pública crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), pessoas com 60 anos ou mais, pessoas com comorbidades (doenças crônicas respiratórias, do coração, com baixa imunidade, entre outras), trabalhadores da saúde, indígenas aldeados e o público penitenciário.