Os serviços de emergência de Mianmar prosseguem com as buscas por pessoas desaparecidas em um deslizamento de terra que ocorreu no sábado em uma mina de jade do norte do país. Mais de cem pessoas morreram.
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– As operações de resgate continuam e encontramos mais corpos. No total, há mais de uma centena – declarou Dashi Naw Lawn, integrante da associação local Kachin Network Development Foundation.
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A tragédia aconteceu na região de Hpakant, quando uma gigantesca montanha de terra e dejetos caiu sobre dezenas de cabanas onde dormiam pessoas que vivem da busca de restos de jade não detectados por empresas. Esse é provavelmente o deslizamento de terra com o maior número de mortes nesta região pobre e de difícil acesso.
Segundo o jornal oficial Global New Light of Myanmar, 104 corpos foram retirados dos escombros e muitas pessoas permanecem desaparecidas. No entanto, o balanço ainda é provisório, pois as autoridades admitem que não sabiam quantas pessoas moravam no local.
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Milhares de trabalhadores birmaneses pobres viajam até a região para tentar encontrar restos de jade deixados nas montanhas de terra, além de outros dejetos ao lado das minas.
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Mianmar é o maior produtor mundial da pedra preciosa e obtém grandes lucros em razão da forte presença dela no subsolo da região. Em 2014, o país venceu no mercado mundial quase 27,5 bilhões de euros de jade, 10 vezes mais que o valor oficial, conforme a ONG Global Witness.
A opositora Aung San Suu Kyi, cujo partido venceu com folga as eleições de 8 de novembro, deve formar o governo no início de 2016. Ela prometeu lutar contra a corrupção e a falta de transparência na economia, da qual a indústria de jade é um bom exemplo.