Nos primeiros 59 dias de 2017, pelo menos 35 pessoas foram assassinadas em Florianópolis. Outras duas morreram no dia 1º de março, o que leva para 37 o total de homicídios na cidade neste ano. O número é 169% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 13 pessoas foram mortas. Os dados são da Secretaria do Estado da Segurança Pública (SSP).

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De acordo com o delegado Ênio de Matos, da delegacia de Homicídios da Capital, a explicação para o aumento nos assassinatos está na falta de informação sobre os grupos criminosos que atuam nas comunidades. Além disso, as ocorrências de mortes banais, após brigas entre vizinhos, parentes e amigos, também cresceram, segundo Matos.

— A questão está na falta de informação. As pessoas não estão passando mais informações para a Polícia Militar. Elas estão com medo dos bandidos. E a gente vê também o aumento no número de mortes provocadas por pequenas discussões entre conhecidos. É realmente uma perda dos valores éticos — analisa o delegado.

Matos diz que desde que assumiu as investigações de homicídios em Florianópolis, há oito anos, “esse é o momento mais crítico da violência na cidade” em termos de quantidade de assassinatos.

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Falta de efetivo dificulta resolução dos crimes no Continente

Em entrevista ao Diário Catarinense, o diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, delegado Verdi Furlanetto, admitiu que a falta de efetivo está impedindo a montagem imediata de uma força-tarefa para investigar crimes, principalmente na parte Continental de Florianópolis.

— Temos dificuldades em tirar policiais de outros locais. Mas reforçar o Continente é prioridade e ao término da academia (curso de formação de policiais já em andamento), no final de março ou início de abril, alguns policiais serão designados para atuar na investigação de delitos pontuais no Continente — assegurou Furlanetto.

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