O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Defesa Civil de Minas Gerais atualizaram o número de desaparecidos em Brumadinho de 345 para 299 no início da tarde deste sábado (26). O número diminuiu com a confirmação de que 46 foram encontrados e encaminhados para unidades de saúde. O número de vítimas fatais subiu para 11.
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A única identificada até o momento é Marcelle Porto Cangussu, médica da Vale. Ela estava trabalhando no momento em que a barragem se rompeu.
As frentes que trabalham nas operações de resgate informaram ainda que 86 famílias estão cadastradas em zonas de alto salvamento – ou seja, possuem treinamento para serem socorridas em ponto alto. Duas dessas famílias já foram contatadas e resgatadas. Mais cedo, a Vale divulgou lista com mais de 400 desaparecidos.
Quatro áreas podem ter vítimas vivas
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, existem quatro áreas onde podem encontrar vítimas vivas: uma locomotiva, um ônibus, um restaurante e na comunidade Parque das Cachoeiras.
Após declarar na sexta (25) que só resgatariam corpos, o governador de Minas, Romeu Zema voltou atrás e disse que há possibilidade das equipes encontrarem sobreviventes no mar de lama que se formou após o rompimento da barragem em Brumadinho.
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A tragédia
Uma barragem da mineradora Vale se rompeu e ao menos outra transbordou nesta sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte, liberando cerca de 13 milhões de m³ de rejeitos da produção de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região.
Os rejeitos atingiram um refeitório e um prédio administrativo da empresa, que ficaram soterrados pela lama. Eles ficam no interior do complexo da mina Córrego do Feijão, na zona rural de Brumadinho. A barragem B1, que se rompeu, é uma estrutura de porte médio para contenção de rejeitos e estava há três anos em processo de desativação.
Cerca de 2.000 pessoas ficaram sem energia na região e a Copasa (companhia que gere o abastecimento de água em Minas) interrompeu a captação de água no rio Paraopeba no final da tarde, mas informou que não há risco de desabastecimento porque a população atendida receberá água de outras represas.
Um número 0800 para envio de informações sobre pessoas desaparecidas na região ainda será criado.