O aperto fiscal proposto pela presidenta Dilma Rousseff em 2011 fez o número de concursados convocados cair 61,3% quando comparado a 2010. No ano passado, um total de 15.444 servidores públicos foram contratados ante os 39.883 chamados no ano anterior, segundo dados do Ministério do Planejamento.

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De acordo com a secretária de Gestão Pública, Ana Lúcia Amorim, o corte orçamentário de R$ 50 bilhões refletiu na contenção de gastos públicos. Dessa forma, a decisão implicou contenção de gastos permanentes, o que vetou o aumento da folha de pagamentos.

Com a necessidade de reduzir despesas, vários ministérios tiveram que se reorganizar com o quadro atual, uma vez que menos da metade dos 46.447 cargos solicitados à Secretaria de Gestão Pública (Segep) foram autorizados. A redução no número de novos servidores fez com que o impacto fiscal previsto para concursos no Orçamento de 2011 caísse R$ 584,4 milhões.

Se todas as vagas demandas fossem autorizadas, o impacto nos cofres públicos chegaria a R$ 951,8 milhões. Mas com a restrição nas contratações, os gastos efetivos com os novos postos de trabalho somaram R$ 367,4 milhões.

– Tivemos uma limitação de Orçamento que nos obrigou a ser ainda mais rígidos nessas autorizações porque tínhamos um limite orçamentário bastante restrito – afirmou Ana Lúcia.

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Em 2011, educação foi a área mais beneficiada. No ano passado, 70% do total de vagas autorizadas foram destinadas ao setor. Foram 10.917, no total. Saúde, segurança pública e Previdência Social também foram priorizadas em menor volume.