Após um ano e meio de contrato emergencial para o recolhimento de lixo em Blumenau, uma nova empresa começou a trabalhar na cidade oficialmente em 8 de setembro com a missão de ampliar a coleta seletiva no município e expandir o uso de contêineres nas ruas – caixa verde para orgânicos e azul para recicláveis. Com menos de dois meses de operação o número, que era de 220 contêineres, já subiu para quase 800.
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A informação é do gerente de Resíduos Sólidos do Samae, João Franceschi. Ele explica que os contêineres estavam concentrados na região central de Blumenau, mas a empresa passou a distribuí-los pelos outros bairros.
As regiões da Alameda Rio Branco, Rua Hermann Huscher, Victor Konder, Bom Retiro e Itoupava Seca (até a praça da antiga Gaitas Hering) já receberam os boxes destinados para lixo. Nas próximas semanas, vias no bairro Ponta Aguda e transversais da Rua João Pessoa também devem receber os equipamentos.
– Passamos um mapa para a empresa com os pontos de instalação dos contêineres e agora estamos fazendo um trabalho de readequação onde é necessário, indicando mudanças no ponto onde colocaram e outros detalhes.
A meta por edital da empresa contratada é de cerca de 2 mil contêineres na cidade. Quando chegar a esse número, mais da metade do lixo de Blumenau será coletado de forma mecanizada, com os moradores levando o lixo até o contêiner, e os trabalhadores precisando apenas posicionar ele no caminhão – diz Franceschi.
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A Racli, empresa que assumiu o serviço no mês passado, também está com a obrigação de ampliar a coleta de produtos recicláveis em Blumenau. Quando começou o contrato, a coleta seletiva era feita em apenas 50% das ruas da cidade e, agora, o número subiu para 60%. Segundo o Samae a expectativa é de que até o fim o ano a coleta chegue a 100% da cidade.
Reclamações caem no segundo mês
Em setembro, mês da mudança na operação da coleta do lixo, a ouvidoria do Samae recebeu mais de 300 reclamações – a maioria por falta de coleta. A autarquia explica o número de registros com algumas mudanças na equipe e também por uma troca de caminhões que teria confundido alguns moradores. Em outubro, o total de queixas caiu para cerca de 114 até ontem.
De acordo com Franceschi, antigamente a coleta seletiva era feita com um caminhão-baú e, com a nova empresa, passou a ser realizada em um caminhão compactador – igual ao da coleta do lixo comum. A mudança, conforme o Samae e a Racli, fez com que alguns moradores achassem que a coleta seletiva não estava sendo realizada.
Na Rua São Francisco de Assis, na Itoupava Norte, o morador Arno da Silva diz que precisou ligar para a ouvidoria uma vez cerca de duas semanas atrás para reclamar que a coleta de lixo reciclável não havia sido feita. Depois desse caso, o aposentado diz que não teve mais problemas:
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– Como a rua é pequena, os moradores se organizam e separam o lixo. O orgânico de um lado da rua e o reciclável do outro.
A gente faz a nossa parte e, ultimamente, não tivemos mais problemas com a coleta – afirma.