O outono mal começou, mas a Vigilância Epidemiológica de Blumenau já pede à população que tome as devidas precauções para se prevenir contra a gripe A. Em menos de um mês, subiu de três para sete o número de pessoas diagnosticadas com o vírus H1N1 na cidade. De acordo com a gerente do órgão, Ivonete dos Santos, os pacientes são quatro mulheres e três homens, com idades entre 40 e 64 anos. Nenhum deles saiu da cidade recentemente – o que significa que teriam contraído o vírus dentro do município – e todos moram em bairros diferentes. Eles seguem internados em estado grave no Hospital Santa Isabel. Além destas, outras cinco pessoas também estão internadas e aguardam o resultado dos exames.

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– Estamos bem preocupados e temendo um novo surto, principalmente porque não estamos no inverno ainda. As pessoas já esqueceram do álcool gel, da etiqueta da tosse. Pedimos que se faça o trabalho de prevenção, é disso que precisamos agora – salienta Ivonete.

Há, pelo menos, uma boa notícia: o laboratório fabricante das vacinas para o Ministério da Saúde vai adiantar o cronograma de entrega de 50% das doses e a campanha nacional de vacinação, antes prevista para começar só em maio, será antecipada para 30 de abril. A decisão da mudança foi tomada em fevereiro, após a Secretaria de Saúde de Blumenau entregar ao governo federal um documento técnico pedindo mais atenção para a região Sul do país em relação a possíveis surtos de gripe A.

– Estamos tentando antecipar ainda mais as vacinas para a cidade. Caso o Ministério da Saúde receba as doses antes, acho que vamos conseguir. Em conversa com a superintendência estadual da Vigilância, chegamos à conclusão de que a situação por aqui é realmente a mais preocupante de Santa Catarina – destaca Maria Regina de Souza Soar, secretária de Saúde de Blumenau.

De 30 de abril a 20 de maio, todas as unidades de saúde do município vão atender a população. No primeiro dia, das 8h às 17h, o atendimento – inclusive em ambulatórios que não têm sala de vacina – será gratuito e exclusivamente voltados aos grupos de risco: crianças menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, gestantes, mulheres que recém deram à luz, idosos, indígenas aldeados e pacientes portadores de duas ou mais doenças. Nos demais dias, até o final da ação, as pessoas poderão ser imunizadas somente em ambulatórios e unidades de estratégia que tenham sala de vacina.

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