Ainda na metade do ano de 2014, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) já observa uma melhora significativa no índice de gripe A (H1N1) no Estado. Segundo boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) nesta terça-feira, foram confirmados 40 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus Influenza de janeiro a 1º de julho, deste ano.

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No ano passado, no mesmo mês – considerado a época de mais incidência, em apenas seis dias foram confirmados 50 situações da doença. Conforme o relatório da DIVE, em 2013 foram 499 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus Influenza.

Já neste ano, até agora, foram quatro pessoas infectadas com Influenza A (H1N1) e 32 com (H3N2). Apesar da redução do número de casos, o diretor de Vigilância Epidemiológica, Eduardo Macário, alerta para a importância de se manter a prevenção.

_ O risco continua, principalmente no inverno, apesar dos casos graves estarem diminuindo, o vírus ainda continua presente. O que mudou é que as pessoas estão mais atentas e aos primeiros sintomas procuram as unidades de saúde e fazem os exames e o tratamento_ observa Macário.

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Entre os fatores que contribuíram para a redução o diretor da DIVE cita o grande número de vacinas no Estado nos últimos dois e uma maior preocupação em detectar e tratar a doença. Este ano foram 628 casos de SRAG, onde 53 pessoas morreram mas em nenhum dos casos foi causado pelo vírus da Gripe A.

Grande Florianópolis concentra maioria dos casos

Neste ano, assim como em 2013, a maior parte dos casos de Gripe A se concentram na Grande Florianópolis, particularmente em 2014 a cidade de Itajaí também vem se destacando. Juntos Itajaí e Florianópolis já representam 27,5% dos casos no Estado.

Macário observa que o aglomerado de pessoas é sempre maior em cidades grandes e o hábito de se manterem em locais fechados prevalece a contaminação.

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_ No inverno as pessoas tem o hábito de manter portas e janelas fechadas. É fundamental manter os ambientes arejados, limpar as mãos com álcool em gel e proteger o rosto quando tossir ou espirrar_ lembra.

Outro fator importante, destaca Macário, é o repouso completo durante o tratamento. Ficar em casa e evitar a transmissão em escolas e empresas também contribuiu para evitar um surto da doença.

Vacinar todos os anos

O médico pediatra Cecim El Achkar explica que o Influenza A (H3N2) é uma mutação do (H1N1), por isso a importância das pessoas tomarem a vacina todos os anos para que a doença não atinja dados alarmantes como ocorreu em 2012 quando 80 pessoas morreram em decorrência do Influenza no Estado.

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Doutor Cecim reforça que a vacinação é fundamental para que o número de casos continuem reduzindo, já que a vacina para o Influenza tem validade para apenas um ano já que vírus sofre mutações.

Ele citou três fatores importantes que contribuíram para a redução dos casos: a ampliação da vacina de crianças de dois anos para cinco anos, que segundo o médico atingiu uma faixa importante da população; uma maior flexibilização dos profissionais nas unidades de saúde em vacinar as pessoas e também a participação das empresas que passaram a vacinar seus funcionários para evitar um surto no local de trabalho.

_ Quanto mais se vacina menos vai aparecer doença. O vírus é mutável, por isso a necessidade de continuar se vacinando todos os anos. A cada ano mais pessoas tomam consciência disso_ ressalta o médico.

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