O número de casos de dengue registrados em Santa Catarina em 2019 chegou a 1.912, informou o boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) divulgado nesta quinta-feira (12). A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O dado corresponde ao período entre 30 de dezembro de 2018 e 7 de dezembro de 2019.

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Conforme a Dive/SC, a maioria dos casos de dengue registrados no ano foi contraída dentro de Santa Catarina: 1.701. Outros 144 foram contraídos fora do Estado; em 51 dos casos não foi possível precisar o local de infecção e outros 16 continuam sendo investigados.

As cidades de Itapema, Camboriú e Porto Belo, no Litoral Norte, são as cidades com mais casos de pacientes infectados nos próprios municípios, e estão em situação de epidemia de dengue. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação epidêmica ocorre quando há mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

Na cidade de Itapema, que soma 697 casos, a taxa é de 1.102 casos a cada 100 mil habitantes. Em Camboriú, com 433 casos, a taxa é de 535,7 a cada 100 mil habitantes. Já em Porto Belo, que registrou 547,2 casos, a taxa é de 547,2 a cada 100 mil habitantes.

A respeito das outras doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, Santa Catarina soma 37 casos de febre de chikungunya, 36 deles contraídos fora do Estado e um em investigação. Não houve registro de vírus da zika este ano.

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Sintomas

Segundo a Dive/SC, normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início repentino e com duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. O órgão explica ainda que em 50% dos casos manchas pelo corpo estão presentes, especialmente no rosto, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos. A recomendação é quem tiver esses sintomas deve procurar imediatamente o serviço de saúde e, caso já tenha sido atendido antes, deve voltar.

Prevenção

– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;

– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

– Mantenha lixeiras tampadas;

– Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

– Mantenha ralos fechados e desentupidos;

– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

– Retire a água acumulada em lajes;

– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;

– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

– Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

– Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde.

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