O número de assassinatos registrado em Joinville nos seis primeiros meses do ano foi maior do que os ocorridos no mesmo período no ano passado. Neste primeiro semestre, 38 pessoas perderam a vida de forma violenta. Em 2011, foram 32 mortes.
Continua depois da publicidade
Apesar do aumento, a estatística se manteve na média dos últimos anos – 2010 também teve 38 homicídios e 2009 foram 36. Caso à parte foi o ano de 2008, que soma 52 assassinatos. Os números são de um levantamento feito por “A Notícia”, que inclui também mortes em confronto com a polícia.
Os índices apontam ainda que maioria das mortes ocorreu por disparo de arma de fogo, 28. O Paranaguamirim continua sendo o bairro com mais ocorrências de homicídios, com 11, seguido pelo Jardim Paraíso, com cinco mortes.
Continua depois da publicidade
O perfil das vítimas, segundo o delegado-chefe da investigação da Polícia Civil em Joinville, Luis Felipe Fuentes, ainda é na maioria jovens entre 19 e 30 anos, quase sempre envolvidos com drogas.
– Pelo menos metade tem alguma relação com entorpecentes, como usuário ou traficante. São pessoas que se expõem a esse risco -, avalia o policial.
A motivação dos crimes, observa o delegado, costuma ter origem em acertos de contas, queima de arquivo e cobranças de dívidas.
Continua depois da publicidade
Se comparadas com cidades do mesmo porte, Fuentes avalia que as estatísticas de Joinville podem ser consideradas baixas. Londrina (PR), por exemplo, tem cerca de 500 mil habitantes e registrou o 38º homicídio em abril. Caxias do Sul (RS), que tem 435 mil habitantes, somava 61 assassinatos até maio. Fechou o semestre com 75 assassinatos.
A avaliação também mostra um aumento de mortes ocorridas em confronto com polícia. Foram seis ocorrências nos primeiros seis meses. Em 2011, houve duas.
Redução das ocorrência
Uma aposta da polícia para reduzir as estatísticas, destaca Fuentes, é dar atenção também às tentativas de homicídio. Além dos inquéritos de assassinatos, outros 67 foram instaurados em 2012 pela Divisão de Homicídiosd da Polícia Civil por causa de ocorrências que não resultaram em morte – alguns envolvem apuração contra o tráfico.
Continua depois da publicidade
– Se ocorre uma tentativa, ela pode se repetir e acabar em morte. Temos trabalhado para que isso não ocorra -, afirma.