Em 2024, cientistas dos EUA e da China descobriram que o núcleo interno da Terra teria desacelerado e até mesmo parado, por um período curto, de se mover em relação à crosta terrestre. Mesmo sendo uma descoberta científica importante, as pessoas comuns não notaram a mudança.
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O núcleo da terra é formado por duas partes principais. O núcleo terrestre é a parte formadora mais interna do planeta. Ele é líquido e composto por elementos essenciais para a formação do campo magnético da Terra, como ferro e níquel.
O núcleo interno, por outro lado, é uma massa sólida de ferro e níquel, aquecida a 5.700º C, muito próxima da temperatura do Sol. O externo fica localizado a uma profundidade de 2,9 mil km, enquanto o interno se inicia apenas a 5.150 km.
Como funciona a mudança na rotação interna
Estava estabelecido entre os cientistas que o núcleo interno gira de forma constante e contínua sob a crosta terrestre. Porém, medidas sísmicas comprovaram o completo oposto: a rotação oscila.
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Em alguns momentos, ele se move quase na mesma velocidade que a crosta, enquanto em outros parece estar parado.
Mesmo que pareça, o núcleo não gira em direção oposta. O que acontece é que ele desacelera e acaba se movendo de forma mais lenta em relação à crosta, o que dá a impressão de que ele está “indo para trás”. Ou seja, ele nunca fica parado realmente, apenas muda sua relação com o movimento da crosta.
A desaceleração atual começou em 2009; antes disso, o movimento do núcleo e da crosta era quase sincronizado. Nos últimos 15 anos, a diferença se tornou cada vez mais evidente.
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Segundo o conhecimento atual, o núcleo muda de direção a cada 35 anos, o que significa que o ciclo completo dura cerca de 70 anos.
Terá impacto para nós?
Mudanças na rotação do núcleo podem alterar a duração do dia. Porém, essas alterações são de milissegundos, então não são perceptíveis para humanos, mas sim para medições astronômicas e operação de satélites.
As alterações na rotação também podem ter efeitos a longo prazo, como alterações no campo magnético e no clima terrestre. Por isso, os cientistas fazem esse monitoramento para saber quais são os verdadeiros impactos da rotação do núcleo no planeta.
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