A NSC Comunicação abriu as portas do NSC Lab, um espaço integrado ao núcleo de empresas que habitam o ecossistema de inovação da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), na SC-401, em Florianópolis.
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As operações tiveram início nesta terça-feira (23) com 15 profissionais dedicados a pesquisas, análises de tendências mundiais e à elaboração de projetos com o DNA da experimentação digital.
Mais do que se reinventar para entregar novos produtos nas mais diversas plataformas, os trabalhos do núcleo de inovação da NSC buscam compreender como os diferentes públicos consomem informação, de forma a aprimorar os meios para alcançar e atender esses públicos.
— Ninguém tem dúvida de que estamos vivenciando uma profunda transformação nos hábitos de consumo de todo mundo. Isto nos obriga, enquanto empresa, a evoluir, inovar, se transformar. Este é o nosso espaço de inovação. A partir desta iniciativa, a gente quer se inserir completamente no ecossistema de inovação de Santa Catarina, estar em contato com as startups, com a cultura digital. Vamos fazer isto com um time que vai trabalhar diariamente na inovação da NSC — destaca o diretor de operações e produtos digitais, Bruno Watté.
Além do núcleo fixo de 15 profissionais, o hub tem estações volantes que poderão ser utilizadas por colaboradores de todas as áreas da empresa também no Rio Tavares, em Florianópolis, e na Pedra Branca, em Palhoça. Esta proximidade com empresas voltadas ao desenvolvimento de novas tecnologias faz da cocriação uma das marcas do NSC Lab, destaca a gerente do núcleo digital da NSC, Viviane Goulart.
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— Nosso pioneirismo, nosso primeiro lugar na comunicação catarinense, é o que nos coloca aqui hoje. A transformação digital, os novos hábitos de consumo estão mais do que certos no nosso dia a dia. Nossa inquietação nos leva a nos aproximar destas startups e a pensar em novas formas de como atingir nosso público catarinense. Levar inovação através da comunicação, e vice-versa.
"Fazer o mesmo de um jeito diferente", destaca especialista
A passagem para o universo da inovação exige duas formas de transformação no modo de fazer de uma empresa, ensina o professor do Departamento de Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC, Eduardo Moreira da Costa – que palestrou durante a inauguração do espaço.

Uma delas é fazer a mesma coisa de um jeito diferente. A outra, fazer diferente com base em ativos à disposição da empresa, como o conhecimento sobre os hábitos do público.
Especialista em inovação, Costa falou sobre a "4ª Onda da Inovação", marcada pelo relacionamento entre empresas estabelecidas e startups, no lançamento do NSC Lab.
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Como exemplo das lições apontadas, o professor trouxe o caso da gigante do entretenimento Netflix. Antes de chegar à casa do consumidor como um serviço de streaming, a empresa entregava filmes em DVD por correio. O conhecimento sobre as preferências dos consumidores atuou como um ativo da mudança do produto físico para o digital. Nem a velocidade limitada da internet na época, diz Costa, barrou o formato que levou a Netflix a ser conhecida no mundo todo.
— Ela provocou o pessoal a assinar internet de alta velocidade. E resolveu produzir conteúdo para um público que ela conhecia mais do que todo mundo. Usou o conhecimento sobre o público como um ativo — destaca.
A 4ª Onda da Inovação, reforça o professor, é uma tendência e vai exigir adaptação.
— Ela vem forte. É a mistura de empresas estabelecidas com startups. As empresas podem surfar nesta quarta onda ou vão ser atropeladas por ela — conclui.