A NSC Blumenau lançou na manhã desta segunda-feira o especial “Cartas para Darwin”. O documentário apresenta a trajetória e o legado do naturalista Fritz Müller em um projeto multimídia, que ganhará espaço na televisão e nos jornais do grupo. A historiadora Sueli Petry, ouvida pelas equipes de reportagem, marcou presença na exibição exclusiva do primeiro episódio. Ela defende a importância da iniciativa como uma forma de disseminar um trabalho que mudou a forma como se entende o mundo na atualidade.

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– Fritz Müller é esse personagem que merece ser reconhecido pela sua contribuição no mundo científico. Um homem preocupado com a natureza, que nos trouxe muitas informações – argumenta.

Equipe de jornalismo responsável pelo projeto
Equipe de jornalismo responsável pelo projeto (Foto: Patrick Rodrigues)

O projeto levou dois meses para ser executado e está pautado no tripé: conteúdo com relevância jornalística, iniciativas que reforçam a conexão com a comunidade e atuação multimídia. Na televisão o material será exibido em quatro episódios, de 7 a 10 de maio, no Jornal do Almoço. No impresso, ganhará forma de grande reportagem no fim de semana dos dias 11 e 12 nos jornais Santa, A Notícia e Diário Catarinense. Para o prefeito de Blumenau, essa é uma forma de exaltar a contribuição científica dada por Fritz Müller a partir do que o alemão estudou em Santa Catarina.

– É importante reconhecer, lembrar e mostrar a nossa história para as novas gerações, que muitas vezes não tiveram a oportunidade de ter contato com ela. E apresentar também a referência que Blumenau foi e é para o Brasil e para o mundo. Isso está presente na vida de Fritz Müller e de muitos outros que por aqui passaram. Ver essa história retratada em “Cartas para Darwin” traz para nós sentimento de alegria e conquista para a cidade – afirmou o prefeito Mário Hildebrandt.

Olaf e Ingrid Georgi, tetranetos de Fritz Müller
Olaf e Ingrid Georgi, tetranetos de Fritz Müller (Foto: Patrick Rodrigues)

Entusiasta do projeto, o cônsul Honorário do Reino Unido em Santa Catarina, Mike Delaney, vê no documentário – que destaca a parceria de Fritz Müller com o britânico Charles Darwin – o fortalecimento da relação com Blumenau. Olaf e Ingrid Georgi, tetranetos do botânico que contribuiu de forma expressiva à teoria da evolução apresentada por Darwin, acompanharam orgulhosos o lançamento. Após a apresentação, fizeram questão de conhecer e conversar com aquele que representou Müller nas gravações para a televisão, o também biólogo Reynaldo Pfau.

– Não dá para mensurar a felicidade de interpretar um homem tremendamente importante pela garra, pelo sentido, pelo material que desenvolveu. Foi um grande estudioso e uma grande pessoa – disse Pfau.

Oto Müller Alexandre foi Darwin no documentário. Há dois anos ele tem a missão de proteger o acervo do Museu Fritz Müller, e se tornou um estudioso do trabalho desenvolvido pelo naturalista alemão que escolheu o Brasil como laboratório para pesquisas revolucionárias.

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– Só vamos construir um futuro se nós tivermos conhecimento do passado. Sem essa base, apresentada no documentário, ficamos em um terreno arenoso, incerto – garante Alexandre.

Reynaldo Pfau e Oto Müller Alexandre, interpretes de Darwin e Fritz no documentário
Reynaldo Pfau e Oto Müller Alexandre, interpretes de Darwin e Fritz no documentário (Foto: Patrick Rodrigues)

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